Manaus- AM| Na tarde desta quarta – feira (15), Alexsandro Campos da Costa, vulgo “Coroa”, um dos líderes da facção criminosa Comando Vermelho (CV), e Francisco Gleisson Jucá da Rocha, o “Plenitude”, matador associada à Família do Norte (FDN) foram presos pela operação “Domínio da Lei”, pelas forças de segurança do Estado.
Mais de 500 policiais militares e civis estão cumprindo mandados de prisão, busca e apreensão em bairros da zona norte de Manaus e estão nas ruas, desde as primeiras horas da manhã, para o cumprimento de mandados relacionados ao crime de tráfico de drogas.
38 pessoas são alvos em diversos bairros da capital, com mandados de prisão a serem cumpridos. Mais de 160 mandados de busca e apreensão estão sendo feitos só em uma invasão da zona norte da cidade.
Em comum, os dois traficantes presos na tarde de hoje tem uma longa ficha criminal e são de alta periculosidade. Antes da prisão de hoje, “Coroa” foi detido em julho do ano passado, no condomínio residencial Villa da Barra, Monte das Oliveiras, zona Norte da capital, durante a operação “Radar”, deflagrada pela Polícia Militar (PM).
No site do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), “Coroa” responde por tráfico e homicídio qualificado. Na prisão em 2019, ele estava com 1 fuzil 556, uma submetralhadora, três escopetas calibre 12, uma pistola, um revólver 28, cinco coletes balísticos, cinco granadas de uso restrito das Forças Armadas, além de 30 quilos de drogas. Ele é conhecido por envolvimento em diversos homicídios ocorridos em Manaus e estava em liberdade condicional, usando tornozeleira eletrônica.
Em maio de 2018, em outra prisão, no Porto da Ceasa, Alexsandro foi detido acusado de participar de um triplo homicídio ocorrido em um sítio, na AM-240, estrada de Balbina, no município de Presidente Figueiredo. As vítimas foram Alexandre de Oliveira Lemos, o “Ala”, 37, Keystone Diones Maquiné Pereira, 39, e Alexandre Maquine Pereira. A vítima principal seria o Alexandre Lemos, que era um dos soldados do João Pinto Carioca, o narcotraficante João Branco, da FDN. As mortes foram mais um capítulo da guerra entre organizações para comandar o tráfico no Mutirão.
Já “Plenitude” foi preso em março de 2018 e em abril de 2019, e novamente hoje. Durante a operação “Keres”, há dois anos, ele foi detido por envolvimento num quartel general de tráfico no Viver Melhor. Na época, a organização criminosa matou cruelmente Rodrigo dos Santos Aranha, conhecido como “Baloteli”, 21, que foi decapitado. Sua cabeça depois foi encontrada perto de um campo de futebol.
No QG eles articulavam homicídios e a gestão do tráfico. Faziam orgias de drogas e sexuais com várias mulheres, inclusive uma delas participou efetivamente do homicídio do Baloteli. No decorrer das investigações, “Plenitude”, que estava no Centro de Detenção Provisório Masculino (CDPM) dava ordens de dentro do sistema. Gleisson Jucá, em abril do ano passado, foi pego em um condomínio de luxo na Torquato Tapajós, com armas, por policiais militares das Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam). Na casa foram apreendidas uma pistola calibre 38, um rifle 44, um revólver calibre 22 e 18 munições de 380.