Brasília – O senador Cristovam Buarque (PPS) foi chamado de traidor em uma livraria de Brasília. Um homem o abordou enquanto ele estava na fila do caixa e começou os xingamentos. De outro lado, outros clientes do local gritavam “Fora, PT”. Em 14 de abril, Cristovam declarou apoio à abertura ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado. Um homem contrário à posição fez xingamentos contra o parlamentar, mas outros clientes o defenderam.
https://youtu.be/HFyxdzdXOes
Alguns disseram que o povo não aguenta mais o PT e deram parabéns ao senador. Eles bateram palmas para Cristovam, enquanto o homem o chamava de fascista. No Facebook, Cristovam relatou o corrido. “Aviso que não vão me intimidar, eu estava apenas com minha esposa e continuarei assim. Alerto também que este comportamento termina empurrando os indecisos para votarem pelo impeachment”, afirmou. Confira:
“Se alguém filmou, peço que coloque na rede.
Faz uma hora, eu estava na fila para pagar uma compra na livraria Cultura, quando um cara no caixa ao lado começou a me agredir verbalmente me chamando de golpista e traidor do PT. Respondi que ele nem sabia ainda como eu votarei e já estava me agredindo. E disse que ele até podia me chamar de golpista, mas não de corrupto.Ele passou a gritar mais alto e eu tive a imensa alegria de ver pessoas se chegando e se solidarizando comigo e me aplaudindo espontaneamente. E gritando mensagens em defesa ao impeachment. Fiquei surpreso ao ver o absoluto isolamento do solitário manifestante contra o impeachment.
Não sei os nomes dos que me aplaudiram e gritaram meu nome, por isso agradeço a todos por esta mensagem. Especialmente os muitos que ficaram fazendo fotos comigo.
Aviso que não vão me intimidar, eu estava apenas com minha esposa e continuarei assim. Alerto também que este comportamento termina empurrando os indecisos para votarem pelo impeachment. Afinal, se com o risco de perderem o poder se comportam assim, imagine se de fato perderem.
De qualquer forma, não é por causa desta grosseria que decidirei meu voto. Votarei o que me parecer melhor para o Brasil, como tenho feito desde que estou na política, sem mudar de propostas e de comportamento. E mudando de siglas se for preciso para manter minha coerência, do mesmo lado das transformações sociais e da ética na política..”
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