Brasília – Um dia após o Senado aprovar o impeachment de Dilma Rousseff, a Casa amanheceu nesta quinta-feira (1º) com corredores praticamente vazios e quase nenhum senador.
Nem de longe, o Senado lembrou a agitação dos últimos dias. A quinta-feira só não foi tranquila para o senador Cristovam Buarque (PDT-DF).
A sessão discutia a “liberdade de expressão na sala de aula”, com representantes a favor e contrários ao projeto “Escola sem Partido”, um projeto de lei que defende a “neutralidade do ensino” por meio da proibição de suposta “doutrinação ideológica” nas escolas.
Para os críticos, o projeto afeta a liberdade de expressão, o pluralismo de ideias e a autonomia pedagógica nas salas de aulas.
Bráulio Porto de Matos, professor da Faculdade de Educação da UNB (Universidade de Brasília), um dos convidados a falar, afirmou que “os sindicatos de professores têm sido usados, via de regra, como nos Estados Unidos, para promover uma agenda político-partidária de esquerda”, durante sua apresentação.
A afirmação provocou vaias e pedidos de “respeito aos professores”, de pessoas contrárias ao “Escola sem Partido” que estavam na plateia.
Cristovam Buarque, então, pediu respeito à fala do professor. “Senão vocês estão sendo iguaizinhos aos que querem ‘Escola sem Partido’. Querem só com o partido de vocês”, afirmou o senador.
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