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Cruzeiro contratou pai de santo para evitar rebaixamento, mas não pagou pelo serviço

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MINAS GERAIS | O Cruzeiro contratou Reginaldo Muller Pádua, um babalorixá (conhecido popularmente como pai de santo), com endereços em Guarapari (ES) e Itabira (MG), para ajudar na luta contra o rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro em 2019.

Pelos serviços, foram cobrados R$ 10 mil, mas o clube pagou apenas R$ 6 mil ao homem de 58 anos em três parcelas, entre 16 de outubro e 28 de novembro. O restante da quantia (R$ 4 mil) ainda não foi pago ao responsável pelo trabalho.

A primeira transferência, no valor de R$ 2,5 mil, ocorreu às 15h36 (de Brasília) do dia 16 de outubro de 2019, por meio de contas da Caixa Econômica Federal. O processo foi repetido às 14h26 de 13 de novembro, mas a transferência bancária foi de R$ 3 mil. O clube ainda pagou outros R$ 500 em 28 de novembro.

Os pagamentos ao pai de santo foram autorizados por Benecy Queiroz, chefe do departamento técnico do clube. O dirigente confirma o fato: “É um serviço religioso realmente que foi prestado na época do Zezé Perrella, entendeu? Foi o Zezé quem solicitou”.

Benecy, no entanto, não sabe dizer se houve o pagamento integral da dívida com o babalorixá. “Foi mandado para pagar. Isso [se foi pago], eu não sei. Foi para o financeiro. Tem que ver com o financeiro, se pagou. Eu realmente não sei se pagou ou não”.

Zezé Perrella, por sua vez, nega que tenha envolvimento com o assunto. Procurado, o ex-presidente do clube diz por meio de mensagem telefônica: “Desconheço”. Ele ainda pede para que seja procurado o então mandatário cruzeirense, Wagner Pires de Sá.

Abordado pela reportagem, Pires de Sá alega que o clube nem sequer pagou o valor durante a sua gestão: “Não sei se alguém foi lá e contratou. O Cruzeiro não, o clube não. Tem gente que aprova, o Perrella, inclusive, gosta muito. O Cruzeiro não contratou. Não tem nada contratado. É o que chamam de fake news”, comentou.

Expressoam:

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