São Paulo – Gostaria de saber se tenho como ver quem está visitando o meu face, que não é amigo?
Fernanda Carline
Não, Fernanda isso não é possível. E nem faz muito sentido, já que o Facebook permite a visualização de conteúdos sem estar logado no site. Logo, nem mesmo o Facebook consegue identificar esses visitantes “anônimos”.
Mas mesmo que seu perfil não tenha nem uma só informação disponível para quem não é cadastrado na rede social, não existe maneira de ver quem está visitando seu perfil. O Facebook simplesmente não oferece esse recurso, diferente do finado Orkut.
Quase todos os programas que oferecem essa função são fraudulentos ou coisa pior e vão realizar ações indesejadas em seu computador ou em seu navegador web, incluindo a postagem não autorizada no Facebook (spam).
Não caia nessa.
>>> Tecnologias que ‘morrem’ com o tempo
Sou gerente de TI em uma empresa na região serrana do RJ. Aqui na empresa temo muitas aplicações feita em Flex que é uma tecnologia desenvolvida para rodar sobre o Flash Player. Nossa maior preocupação é um dia acordarmos e nos deparamos que os navegadores não aceitam mais o Flash Player, daí minha pergunta pois hoje é quase impossível migrar todas as apps em Flex para outra tecnologia até porque nenhuma tecnologia atual consegue ser tão dinâmica quanto o Flex.
Minha pergunta é, quanto tempo vocês acreditam que terá o Flash player ainda no mercado? Ou mesmo que diminua a usabilidade do plugin vcs acreditam que pode chegar o momento de acabar o Flash Player? Já mandamos dezenas de e-mail para a Adobe mas ele não responde nenhum email.
Carlos Eduardo de Figueiredo
Um dos elementos da segurança é a “disponibilidade” do sistema, ou seja, ainda é possível acessá-lo? A disponibilidade pode ser comprometida por um erro de rede, uma falha de hardware que derruba a aplicação e por qualquer outro problema técnico que venha a impedir o funcionamento normal do sistema. Isso inclui a sua situação, Eduardo.
Qualquer tecnologia pode morrer com o tempo e a escolha de uma plataforma deve considerar este risco, bem como o período de uso da aplicação. É a mesma história que se conta sobre programas feitos em linguagens como Fortran ou Cobol, hoje praticamente sem uso, forçando empresas que ainda possuem aplicações desse tipo a contratar programadores mais caros que sabem manter esses sistemas.
Ainda existem aplicações desenvolvidas para DOS e que funcionam até hoje graças a sistemas como FreeDOS ou DOSBox.
Mesmo que o Flash Player não receba mais atualizações e seja inseguro para uso na web, você ainda pode continuar usando uma versão antiga do aplicativo em conjunto com uma versão também antiga do navegador. Existe o risco de que o navegador um dia deixe de funcionar em uma versão mais nova do sistema operacional, o que vai forçar você a também manter uma versão antiga do sistema – em uma máquina virtual, por exemplo.
As soluções para manter sistemas legados existem, mas todas agregam um custo.
Em tempo, a situação atual do Flash/Flex é a seguinte:
– O Flash Player está disponível para Windows e Mac e para Linux somente para o Google Chrome. Não há mais Flash Player para celulares.
– O Adobe AIR, que também pode rodar aplicativos em Flex, não está mais disponível para Linux, mas está disponível para celulares.
Em um documento no site da Adobe publicado em 2012 (veja aqui), a Adobe se comprometeu com pelo menos cinco anos de atualização para o Flash Player, mas o foco da companhia está em jogos e vídeo.
O Flex já não é mais desenvolvido pela Adobe e está nas mãos da Fundação Apache, sendo continuado como projeto de código aberto. De acordo com a equipe desse projeto (veja aqui), um dos objetivos é eliminar a dependência atual do Flash Player, permitindo que o Flex gere arquivos em Javascript e, portanto, compatíveis nativamente com qualquer navegador moderno.
Não há garantia de que isso vá acontecer. Pode ser que o interesse no Flex diminua. Ou o contrário. Como é um projeto de código aberto, você e sua equipe também podem se envolver no desenvolvimento desse recurso.
A decisão de migrar agora para não ser surpreendido depois ou de apostar suas fichas na evolução do Flex ou do Flash, arriscando ter que manter um aplicativo legado no futuro, é sua e, provavelmente, de quem decide o orçamento da sua empresa para o próximo ano. Quando uma tragédia acontece, ela sempre era “anunciada”, mas ninguém quer pagar o preço para evitar os problemas antes de estar cara a cara com o prejuízo. Afinal, se nada acontecer, foi dinheiro jogado no lixo.
Manter aplicativos legados é fácil no início, mas, conforme o legado se torna maior, a complexidade aumenta. Talvez você tenha tempo para migrar os sistemas depois. Mas isso depende do tamanho dos programas que você tem de migrar.
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