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David Almeida afirma que pedido de reajuste de 24,5% na tarifa de água é ‘inapropriado’

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MANAUS – AM | O pedido de aumento de 24,5% no valor da tarifa de água pela concessionária Águas de Manaus gerou impasse entre a empresa e a Prefeitura de Manaus, que negou o pleito por classificá-lo como “inapropriado” e prometeu levar a questão à Justiça. A concessionária alega que a medida está prevista em contrato e visa apenas manter a atualização monetária. As informações são do Amazonas Atual.

Com a aprovação do reajuste solicitado pela concessionária, o consumidor que costuma pagar R$ 100 na tarifa de água na capital amazonense, por exemplo, passaria a pagar R$ 124. Para a prefeitura, esse aumento ocasionaria uma retração econômica, impactando no orçamento das famílias e no comércio local.

“O poder concedente manteve a negativa do reajuste por considerar, ainda que os efeitos do referido pleito ocasionariam uma retração econômica, impactando demasiadamente sobre o orçamento doméstico das famílias, principalmente aquelas de menor poder aquisitivo, como também sobre as demais atividades produtivas e comerciais do município”, informou.

Em nota divulgada nesta sexta-feira, a prefeitura citou que dados do balanço patrimonial da empresa publicados oficialmente pelo Grupo Aegea revelam que a concessionária registrou, nos últimos dois anos, uma receita bruta de R$ 1,5 bilhão, alcançando um crescimento de 93% no lucro líquido, somente entre os anos de 2019 e 2020.

A prefeitura também informou que a PGM (Procuradoria Geral do Município) irá judicializar o pleito da concessionária.

Procurada pela reportagem, a Águas de Manaus negou que o reajuste, que chamou de “correção anual de tarifas”, representa ganhos para a concessionária. “A correção é um rito previsto no contrato de concessão, celebrado com o Município de Manaus e tem o objetivo de manter o equilíbrio econômico-financeiro do contrato”, alegou a empresa.

A empresa afirmou que o percentual de reajuste solicitado pela Águas de Manaus foi calculado com base no IGPM/FGV (Índice Geral de Preços–Mercado da Fundação Getúlio Vargas) do período. Também citou que não há correção de tarifas em Manaus há 18 meses, mas ainda assim a concessionária manteve os investimentos no período e cumpriu as metas.

A concessionária citou que ampliou o número de beneficiados da tarifa social em Manaus. “A empresa também ampliou o número de beneficiários da tarifa social em 25% somente no período da pandemia, atendendo assim, a parcela mais vulnerável da população com água tratada e reforçando as ações de enfrentamento à Covid-19”, informou.

Sobre a indicação da prefeitura de que levará a questão à Justiça, a Águas de Manaus disse que “está aberta ao diálogo com Poder Público para solucionar o tema de maneira amigável, e que seguirá trabalhando para melhorar a qualidade de vida da população de Manaus através do saneamento básico”.

Expressoam:

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