X

Defesa de PMs responsáveis por sumiço de trio no Grande Vitória entra na Justiça contra juiz

ADVERTISEMENT

Manaus –  Os familiares dos policiais militares suspeitos do desaparecimento de três pessoas, ocorrido em outubro do ano passado, no bairro Grande Vitória, Zona Leste, entraram com uma representação, na manhã dessa quinta-feira (23), contra o Juiz da 3ª Vara do Tribunal do Júri, Mauro Moraes Antony. Segundo informações do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), na última movimentação do processo, que aconteceu dia 17 deste mês, o juiz solicitou mais documentos relacionados com a investigação da Polícia Civil, que incrimina os policiais.

Denilson Lima Correa e os colegas de farda Cleydison Enem Dantas, Edison Ribeiro Costa, Isaac Loreiro da Silva, José Fabiano Alves da Silva, Luís da Silva Ramos e Ronaldo Cortez da Rocha, seguem presos no Batalhão de Guarda da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), localizado no bairro Monte das Oliveiras, Zona Norte.

Os policiais militares são suspeitos de desaparecer com  Alex Júlio Roque de Melo, 25, Weverton Marinho, 20 e Cássia Castro da Silva, 19. Até hoje, os corpos dos jovens não foram encontrados pelos familiares e os policiais negam participação no crime.

Segundo a irmã do soldado, a contadora Lenilce Lima, 32, a demora no agendamento da primeira audiência de instrução e julgamento e a falta de informação para a defesa sobre as provas que incriminam os PMs são as principais reclamações dos familiares.

“Há cinco meses que meu irmão está preso injustamente e não há nem data para acontecer a audiência. Não há provas para mantê-lo preso. Tudo que eles têm é uma sandália com sangue e, por conta disso, o Denilson já perdeu um período na faculdade de engenharia”, disse.

A contadora disse ainda que a defesa deseja que os advogados sejam informados sobre todos os procedimentos do processo, uma vez que já tinham solicitado que Denilson e os outros suspeitos fossem julgados durante o mutirão carcerário. O pedido não foi atendido.

“O meu irmão não tem antecedentes criminais, ele precisa ser solto para responder em liberdade. Tanto criminoso cometendo roubos e assassinatos na cidade e meu irmão que trabalhava como defensor da sociedade está preso”, lamentou Lenilce.

De acordo com o Tribunal de Justiça, o processo do caso está sob total sigilo da justiça, assim como os depoimentos das testemunhas e provas que incriminam os policiais. Dia 14 deste mês, a defesa dos policiais solicitou o habeas corpus, mas o pedido ainda não foi deferido. Solicitações de quebra de sigilo telefônico dos policiais militares também foram enviadas e aguardam despacho. Com informações Portal Em Tempo.

Expressoam:

This website uses cookies.