MANAUS (AM) – Sendo procurado pela polícia, a defesa de Kzam Matos Martins, de 30 anos, se manifestou por meio de nota, na última sexta-feira (16), e disse que ele está sofrendo perseguição de uma blogueira. Segundo a defesa, o suspeito é inocente e o delegado se recusa a ouví-lo.
Ainda de acordo com a nota, a blogueira estaria induzindo mulheres a fazerem Boletim de Ocorrência (BO) falsos contra o mesmo. O cliente estaria sofrendo difamação.
Na última quinta-feira (15), a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) pediu a prisão preventiva do homem. Ele é suspeito de agredir várias mulheres em Manaus por se recusarem a ter algum tipo de relacionamento com ele. Cerca de nove mulheres a denunciaram.
Um vídeo também mostra Kzam agredindo uma das supostas vítimas. De acordo com a nota, nada procede, inclusive um estupro. “Está sendo acusado de inúmeras inverdades, inclusive de estupro, o que nunca aconteceu!”, consta no documento.
A defesa alega ainda que o delegado do 11º Distrito Integrado de Polícia (DIP), Torquato Mozer, se recusa a ouvir o suspeito. “O Delegado da 11ª Delegacia não concluiu o inquérito e em momento algum chamou Kzam para ser ouvido. Na verdade se recusou a ouvi-lo, ferindo de morte o direito do contraditório e da ampla defesa”, garantiu a defesa de Kzam Matos.
A advogada, Denise Moura, disse ainda que tudo será esclarecido quando Kzam se apresentar. No entanto, não informou a data. A defesa disse que espera ter acesso aos autos e que respeitem os direitos ao contraditório, liberdade e presunção de inocência.
O caso
A Polícia Civil informou que começou a investigar o caso após a primeira vítima relatar uma agressão com socos e uma cotovelada na cabeça. Ela disse que a agressão ocorreu ao se negar a se relacionar com Kzam. A mulher foi submetida a exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal.
O caso foi transferido ao 11° Distrito Integrado de Polícia (DIP), onde além da jovem, outras vítimas também buscaram a delegacia para denunciar de ações semelhantes do suspeito.
A polícia já foi na casa do suspeito, na casa de familiares, mas o mesmo encontra-se foragido.