MANAUS (AM) – O delegado Ricardo Cunha, titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), informou nesta sexta-feira (25) que Maurílio Figueiredo Fonseca, suspeito de matar o próprio filho, Maurino Oliveira Fonseca, de 37 anos, o “Bimbo da 14”, alegou que se desentendeu com a vítima durante bebedeira. A família diz que Bimbo era usuário de drogas e virava outra pessoa, mas a autoridade policial afirma que Maurílio também tinha histórico de violência.
“Ele diz que Maurino tentou agredí-lo e ele se defendeu, mas nesse ponto a polícia não concorda muito com o que foi levantado pela investigação. Ele inclusive tem 10 boletins de ocorrência por violência doméstica e ameaça, enquanto o filho não tem histórico criminal”, disse o delegado Ricardo Cunha.
O crime ocorreu no dia 20 de agosto deste ano, por volta das 21h, na rua Visconde de Porto Seguro, bairro Praça 14 de Janeiro, Zona Sul de Manaus. Ainda segundo o delegado, o pai afirma que ambos estavam consumindo bebidas alcoólicas desde às 17h em um bar na região, quando brigaram.
Eles foram embora para casa e lá a discussão iniciou, mas não houve testemunhas, apenas estavam o pai e filho. “É possível que ambos já estivessem alterados (pela bebida) e existia um histórico de conflito. Maurino está bastante lesionado, sinal de defesa no braço, sugerindo que foi pego de forma sorrateira, mas as investigações vão esclarecer”, afirmou o delegado.
Após o ocorrido, Ricardo Cunha informou ainda que o pai fugiu e não se comunicou com mais ninguém, nem acionou o socorro ou a polícia, justificando a representação contra ele na justiça. O filho foi socorrido pelos familiares e morreu no hospital.
A irmã de Bimbo, Yasmin Oliveira, chegou a postar nas redes sociais que amava o irmão, que era muito querido e conhecido no bairro, mas afirmou que por ele ter problemas com drogas, ficava muito alterado. Ela disse que estava do lado do pai. “Ninguém sabe o que estávamos passando com ele nos últimos tempos”, escreveu.
Ricardo Cunha disse que Maurílio vai ser indiciado por homicídio qualificado.