MANAUS – AM | Na manhã desta sexta-feira (15), a Polícia Federal deflagrou a Operação Seronato, que apura possíveis práticas de crimes como corrupção passiva, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
Um dos alvos da ação é o deputado federal Pablo Oliva (PSL). Juntamente com o deputado, serão investigados a mãe dele, Eda Maria Oliva Souza, que é ex-diretora-presidente do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam). Além de Pablo e Eda, foram alvos da ação mais um familiar, dois empresários e a ex-sócia de uma das empresas envolvidas. São cumpridos, até agora, seis mandados de busca e apreensão.
Pablo é dos principais aliados do presidente da República, Jair Bolsonaro, na Câmara dos Deputados. Ele foi o segundo deputado mais votado para a Câmara dos Deputados nas últimas eleições, após campanha voltada para o combate à corrupção. Delegado desde 2007, ele não declarou possuir bens ao registrar sua candidatura em 2018.
Segundo a PF, há provas e indícios que indicam que o Pablo teria se prevalecido do cargo de polícia federal ao fazer mau uso das informações obtidas durante a investigação que culminou com a Operação Udyat, deflagrada no ano de 2012, para viabilizar, de forma indevida, o agenciamento da venda de uma empresa pertencente a sua mãe pelo valor de R$ 500 mil.
A operação inaugura uma fase mais ostensiva de dois inquéritos instaurados em janeiro e maio de 2019, meses após o delegado tomar posse como deputado.
A PF pretende esclarecer sobre as possíveis ocorrências de: crimes de falsidade, favorecimento em razão do cargo e lavagem de dinheiro – em relação a subcontratação, realizada por um consórcio de empresas que atuou na construção do Aeroporto Internacional de Manaus, para que a empresa registrada no nome de Eda executasse o paisagismo do aeroporto, pelo valor de R$1.2 milhão.