BRASÍLIA – O Projeto de Lei (PL) 1776/15, solicitado pela bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) que classifica a pedofilia como crime hediondo recebeu um “NÃO” dos deputados federais do Amazonas Delegado Pablo (União) e Silas Câmara (Republicanos) nesta quarta-feira (19). A sessão foi realizada no Plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília, em regime de urgência, mas os parlamentares a recusaram.
O projeto é de autoria de Paulo Freire (antigo PR/SP) e de Clarissa Garotinho (União/RJ), aliados do governo federal, e tramita na Casa Legislativa desde 2015. A proposta foi recusada por 224 deputados, enquanto 135 eram favoráveis a priorizar a urgência do projeto.
Do Amazonas, os deputados que foram a favor foram: Capitão Alberto Neto (PL), José Ricardo (PT), Marcelo Ramos (PSD), Sidney Leite (PSD) e Bosco Saraiva (Solidariedade).
“É um absurdo que a gente feche os ouvidos e os olhos para o comportamento do presidente da República. Jair Bolsonaro está com indício de pedofilia na sua prática e a gente precisa dizer isso em alto e bom som”, criticou a deputada Luizianne Lins (PT-CE), após o PL não ser aprovado.
Na mesma sessão, no entanto, eles aprovaram a Medida Provisória (MP) 1127, que limita o reajuste das taxas de ocupação dos terrenos da União, e o PL 2796/21, que define o marco legal para a indústria de jogos eletrônicos.
A decisão deles vem em meio à polêmica com o presidente Jair Bolsonaro, aliado de ambos, que afirmou em vídeo que “pintou um clima” com garotas de 14 e 15 anos refugiadas da Venezuela. A declaração ocorreu no último dia 15 e a fala de Bolsonaro gerou revolta entre parlamentares e a população.