Brasília – Dezenas de agentes penitenciários invadiram na noite desta quarta-feira (3) o plenário onde deputados da comissão especial votavam o relatório da reforma da Previdência.
A Polícia Legislativa usou spray de pimenta para conter os manifestantes, que reivindicavam a inclusão dos agentes penitenciários numa categoria de aposentadoria especial. Logo após a invasão, ouviu-se um estrondo semelhante ao da explosão de uma bomba.
Mais cedo, o relator da reforma da Previdência na Câmara, o deputado Arthur Maia (PPS-BA), recuou e desistiu contemplar em seu parecer os agentes penitenciários entre os beneficiários de aposentadoria especial. A mudança havia sido incluída no texto, diante da pressão de representantes da categoria e de parte dos deputados, mas foi retirada. O texto-base da reforma já tinha sido aprovado, por 23 votos a 14.
No momento da invasão dos agentes, por volta das 22h45, instalou-se um tumulto no plenário da comissão. Os manifestantes interperlavam aos gritos os deputados e bradavam palavras de ordem contra eles.
Assista:
Devido ao gás de pimenta, com dificuldades para respirar, vários deputados, assessores e jornalistas levaram lenços ao nariz.
A invasão se deu logo depois que os deputados da comissão decidiram não votar uma emenda que reintroduzia os agentes penitenciários na categoria de aposentadoria especial (55 anos, em vez de 65, como os demais trabalhadores). Os governistas tinham receio de que a emenda fosse aprovada.
Em razão do tumulto, vários deputados deixaram o plenário e a maioria dos que permaneceram na sessão eram parlamentares de oposição.
O deputado Major Olimpio (SD-SP), que apoiava a reivindicação dos agentes, pediu aos manifestantes para que deixassem o plenário, mas um dos agentes pegou o microfone e disse que eles não iriam sair.
Com informações G1.