MANAUS – Um dos carros-chefes da Prefeitura de Manaus, ação que tem sido divulgada em alto e bom som pelo prefeito David Almeida (Avante), a Eco Barreira usada para conter lixo dos igarapés de Manaus é uma cópia de um projeto que já existe há anos e virou alvo de denúncia nas redes sociais.
O ambientalista Diego Saldanha, alega ser o dono da ideia, e acusa o prefeito de usar a “paternidade” da medida sem autorização para conseguir elogios às custas dele..
“Senhor prefeito seu servidor não idealizou nada eu luto pela implantação das eco barreiras desde 2016 aqui no Brasil parabéns por replicar o projeto em Manaus mas conte a verdade a sua população não custa nada nos mencionar como inspiração fica até bonito não acha? Eu espero sinceramente ver o projeto continuar operando depois das eleições pq já muito caso se esquecimento do projeto pós eleições”, diz ele nas redes sociais.
David Almeida não só apresenta a Eco Barreia como ideia da sua gestão, como usa o equipamento nas próprias redes sociais, para dizer que sua gestão é inovadora e preocupada com o meio ambiente.
“Eu vi a matéria onde o prefeito disse que seu funcionário foi o criador, mas graças que temos a Internet livre”, diz um seguidor. “Parabéns pela iniciativa!”, diz outra.
David Almeida ainda não respondeu se vai reconhecer que a ideia não é sua. O espaço segue aberto caso o prefeito queira se manifesta.
ECO BARREIRA NÃO É NOVIDADE
Apesar da “novidade”, a Eco Barrreira não é obra de David Almeida. Em pouco mais de 3 meses, no Rio das Moças, em Saquarema, litoral do Rio de Janeiro, o equipamento já retirou mais de 400 quilos de lixo das águas, evitando que esses resíduos em 2024.
A Eco barreira é feita de galões que flutuam na superfície do rio e barram a descida dos resíduos. Estes resíduos são coletados periodicamente, conforme o volume acumulado. Na sequência, todos os itens passam por uma triagem e o que é possível ser reciclado é entregue para catadores locais. O restante (grande parte) é separado para a coleta municipal de resíduos sólidos.
O rio Atuba passa nos fundos da casa em que o vendedor Diego Saldanha cresceu, no bairro Jardim das Flores, em Colombo, na região metropolitana de Curitiba (PR). O vendedor teve a ideia para tentar limpar o trecho que passa perto de sua residência – ele mora ao lado da casa dos pais, onde cresceu -, o vendedor pesquisou sobre como poderia melhorar a situação do rio.
Em janeiro de 2017, ele reuniu garrafas pet de dois litros em uma rede e esticou a barreira flutuante de uma margem do rio à outra. A partir de então, surgiu a “ecobarreira”, como o vendedor define o objeto que segura o lixo carregado pela correnteza.
O criador da ideia ficou tão famoso, que até a banda Coldplay fez uma homenagem a ele.
Veja o desabafo do ambientalista contra David Almeida: