Manaus – O dinheiro desviado no esquema de corrupção da saúde do Amazonas foi usado para pagar serviços de prostituição de luxo para empresários presos na operação a Operação Maus Caminhos.
Segundo apurou a reportagem do Expresso, só em 2014 cerca de 450 mil reais foram gastos para financiar a contratação de garotas. Algumas delas são conhecidas pela exposição em capas de revistas, desfiles de escolas de samba e programas de TV. Cada programa custava até 20 mil reais.
O Ministério Público e a Polícia Federal chegaram a essa informação depois de questionarem o proprietário da Jungle Beat, Gilberto Aguiar, e o líder dele, Mohamad Moustafa, sobre a origem de expressões como “artigo 470” e “Panicat” que aparecem nas planilhas usadas no esquema de corrupção.
De acordo com os delatores, a expressão “artigo 470” era uma referência ao número do endereço de uma cafetina que agenciava os programas.
Tropical Hotel
Uma análise da Controladoria Geral da União direcionada aos repasses do Fundo Estadual de Saúde ao Instituto Novos Caminhos (INC) indicou que em dois anos apenas a entidade foi contemplada com cerca de R$ 276 milhões.
O empresário Gilberto Souza Aguiar, preso na Operação Maus Caminhos é acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de lavar dinheiro ilegal na casa noturna “Jungle Beat”, a boate ficava localizada no Tropical Hotel, Zona Oeste de Manaus.
De acordo com a denúncia, o empresário desviava dinheiro do Fundo Estadual de Saúde e incorporava os recursos às receitas das empresas.
O dinheiro público desviado era transformado em lucro da boate.