Brasília – O ministro da Justiça Torquato Jardim considerou que pretendem realizar duas mudanças na Polícia Federal: trocar o diretor-geral e colocar em outro órgão os funcionários que cuidam de funções que não têm relação com a atividade policial, como emissão de passaporte e controle de estrangeiros. A declaração foi dada em uma rápida reunião com sindicalistas nessa quinta-feira (22).
O ministro nega que a saída do diretor geral, Leandro Daiello, seja uma tentativa de interferir na Operação Lava Jato.
De acordo com a Folha de S. Paulo, o delegado Rogério Galloro é um dos cotados para assumir o cargo e é considerado um policial de perfil mais político.
A indicação de Galloro para o cargo foi feita pelo general Sérgio Etchegoyen, chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República), segundo a reportagem.
O general foi o responsável pela indicação do ministro da Justiça e do diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência).
Os principais articuladores da mudança na direção da PF são Etchegoyen e o ministro Eliseu Padilha, chefe da Casa Civil.
OUTRO LADO
A assessoria de Torquato Jardim disse que tem ótima relação com o diretor-geral da PF, mas não sabe se irá substituí-lo. O ministro negou que haja planos de reestruturar a PF. Jardim argumentou que o tema foi tratado de maneira informal na conversa.
O diretor-geral da PF disse em nota de sua assessoria que “é favorável a todo projeto que tenha como objetivo especializar o trabalho de inteligência e investigação já desenvolvido pelo órgão, e que representa a sua principal atribuição constitucional de polícia judiciária da União”.
Sérgio Etchgoyen nega que tenha feito indicações para substituir o diretor da Polícia Federal.
Por Notícias ao Minuto