Manaus – A universitária Lana Caroline da Penha , de 24 anos, foi assediada sexualmente e espancada na noite de sábado (23) por dois homens nas dependências do bar Deck Beer, localizado na Av.Brasil, bairro Santo Agostinho, zona Oeste de Manaus.
O espancamento aconteceu após um professor universitário passar a mão nas nádegas dela quando a estudante jogou bebida no ombro do homem como reação à ação dele de tocá-la, segundo informações do Boletim de Ocorrência (BO).
Segundo a jovem, o empresário Jian Marcos Dalberto proprietário da churrascaria búfalo teria tomado as dores do amigo e desferido vários socos utilizando um objeto identificado como soqueira.
“Ele não disse nada e já veio me batendo. O amigo dele que passou a mão em mim também veio me bater. Uma menina disse que quase apanhou quando reclamou do assédio deles também durante a festa”, disse a universitária.
Após a sessão de espancamento, os homens foram para a uma área interna do Deck Beer a pedido do dono do estabelecimento.
“O proprietário do bar insistiu para saber qual era o meu nome completo. Ele me pediu para acompanhá-lo até o escritório, para conversar e insistiu para eu não chamar a polícia, mas eu disse que eu só ia sair do local quando a polícia chegasse”, disse a estudante.
Clientes ficaram revoltados com a situação e acionaram Polícia Militar que não teria encontrado os agressores porque segundo testemunhas, o dono do bar teria ajudado os mesmos a sair do local para não serem presos em flagrante.
A vítima registrou Boletim de Ocorrência no 19º Distrito Integrado de Polícia, onde o caso deve ser investigado.
A agressão foi exposta, por uma colega da estudante, que testemunhou a sessão de espancamento e indignada resolveu relatar o caso na internet.
Confira abaixo o relato que viralizou nas redes sociais
Após a divulgação do caso o perfil oficial da churrascaria búfalo no Facebook foi suspenso e parte das informações do site foram retiradas.
Réu na Estocolmo
O empresário Jian Marcos Dalberto é réu em um esquema de exploração sexual infanto-juvenil que foi desmantelada pela operação “Estocolmo”, que teve inicio em maio de 2012, quando a mãe de uma adolescente de 13 anos denunciou à Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA) que a filha era vítima do esquema de exploração sexual.
A Polícia Civil cumpriu oito mandados de prisão, todos em residências em condomínios de luxo. A Polícia Federal (PF) participou da ação porque um dos envolvidos ocupava o cargo de cônsul.
Durante a operação, foram recolhidas mais de mil CDs e DVDs, além de computadores e câmeras fotográficas contendo pornografia infantil. A investigação identificou que pelo menos 30 meninas, com idades entre 12 e 17 anos, eram aliciadas e agenciadas na rede de prostituição que favorecia políticos e empresários.