MANAUS – O empresário Adauto do Carmo emitiu uma nota e se manifestou pela primeira vez após a pastora Andréia Trindade morrer esmagada pela Hilux dirigida pelo filho dele, que até o momento não se apresentou à polícia. Depois que teve as portas da empresa pichadas, reclama e diz que a imprensa de Manaus faz “sensacionalismo” na cobertura da tragédia.
O empresário diz que vai “reparar os danos”, afirma ainda que o filho não está foragido e chama a morte da pastora de “incidente”. O crime de trânsito ocorrido na segunda-feira (26) revoltou os manauaras, especialmente a família, que foi para a frente da locadora de carros pedir justiça.
Andréia foi sepultada nesta terça-feira (27). Até o momento o motorista não se apresentou para depor.
Delegado lamenta
Segundo o delegado Temistocles Alencar, titular da Delegacia Especializada em Acidentes de Trânsito (Deat), o dono do veículo Toyota Hilux, de placa PHE-6182, de cor preta, é Adauto do Carmo Santos Junior, no entanto, quem conduzia o carro no momento do acidente era seu filho.
Ele lamentou não poder fazer muito mais do que tem feito neste momento.
“Que fato grave e triste! Mas eu vou me reportar a todos os outros. Infelizmente, eu fico decepcionado em não poder fazer muita coisa porque a própria lei nos impede. Eu sempre digo a todos os familiares que vem, que nós não fazemos as leis, nós só a cumprimos. E na minha concepção essas coisas estimulam, porque a impunidade quando chega ao conhecimento dos autores deixa eles mais folgados para a prática do crime”, disse o delegado em entrevista à uma emissora local.
O delegado ainda informou que 90% dos casos em que o indivíduo foge do local do acidente sem prestar socorro é porque tinha algum indício desses atos: embriaguez, excesso de velocidade ou falta de habilitação. Quando a pessoa é autuada em flagrante, a pena é mais alta.
A tragédia
Andréa Trindade Pinheiro, de 46 anos, morreu em uma parada de ônibus na avenida Coronel Teixeira, no Santo Agostinho, Zona Oeste de Manaus. O acidente aconteceu na última segunda-feira (26) enquanto a vítima estava indo trabalhar, acompanhada do marido, Edson Reis. Na ocasião, ele também ficou ferido.
Edson disse no velório que a família quer justiça. “Espero que ele mofe na cadeia.”
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