PETRÓPOLIS (RJ) – Uma mulher arregaçou as mangas e, desesperada, tentava procurar a filha da afilhada, no que sobrou do Morro da Oficina, durante forte chuva em Petrópolis, no Rio de Janeiro. Já são mais de 50 mortes e 80 casas atingidas.
“Tem que mexer, mas ninguém tá mexendo. É uma bebê de 1 ano sem respirar debaixo dessa lama. Você consegue?”, perguntou ela, para a repórter.
Em seis horas, choveu o previsto para todo o mês de fevereiro. O Corpo de Bombeiros ainda não tem ideia do número de desaparecidos. A Prefeitura decretou estado de calamidade pública.
A mãe de uma adolescente de 17 anos chamava desde cedo o nome da filha em busca de uma resposta: Duda.
Segundo os moradores, uma estamparia e um bar estavam em pleno funcionamento no começo do temporal.
As buscas na região chegaram a ser interrompidas por conta do risco de um deslizamento de pedras, mas logo foram retomadas.
O corpo de um homem jovem, o quinto a ser retirado, foi levado por bombeiros, que caminhavam com dificuldade sobre a grossa camada de lama diante de moradores chocados com o que estava acontecendo na vizinhança.
Mais tarde, um sexto corpo também foi encontrado pelas equipes de resgate.
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