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‘Eles têm que ser encontrados, por favor’, pede esposa de jornalista inglês desaparecido

O jornalista e o indigenista deviam retornar para o município ainda no domingo. Foto: Reprodução

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AMAZONAS – O uso de helicóptero, jet ski, barcos e todas as forças de segurança pública atuam nas buscas pelo jornalista inglês Dom Philips e o indigenista Bruno Pereira, desaparecidos no Vale do Javari, no Amazonas, desde domingo (5). A esposa do inglês, Alessandra Sampaio, fez um apelo às autoridades brasileiras.

“Eu queria fazer um apelo para o governo federal e para os órgãos competentes, para intensificarem as buscas, porque a gente ainda tem um pouquinho de esperança de encontrar eles. Mesmo que eu não encontre o amor da minha vida vivo, eles têm que ser encontrados, por favor. Intensifiquem essas buscas. Eu não quis falar antes porque a família toda está muito chocada e a gente não está sabendo reagir. Mas eu estou fazendo esse apelo, por favor, para intensificar essas buscas”, disse ela em vídeo para a TV Bahia.

O jornalista e Bruno estavam fazendo um trajeto de barco entre a comunidade ribeirinha São Rafael até a cidade de Atalaia do Norte, onde deveriam chegar ainda no domingo (5), o que não aconteceu. O caso é investigado pela Polícia Federal (PF), com buscas pela Marinha do Brasil e ainda a Força Nacional.

De acordo com informações do secretário de Estado de Segurança do Amazonas, General Mansur, foram enviados ao local policiais do Batalhão Ambiental amazonense, especializados em áreas de selva, bombeiros militares e mergulhadores.

Suspeitas

De acordo com a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), os dois foram ameaçados na área, que possui muitos garimpeiros e narcotraficantes. Dom chegou a fotografar três homens que fizeram ameaças a um grupo de vigilância em uma terra indígena da região, segundo Paulo Dollis, da Associação Indígena do Vale do Javari.

Ainda segundo o coordenador da Unijava, dois homens identificados como “Jânio” e “Pelado” chegaram a ir, no sábado (4), até o local onde Bruno e Dom Phillips realizavam seus trabalhos, em um posto da Unijava, no limite da terra indígena, para intimidá-los com arma de fogo.

Jânio foi detido ontem e ouvido pela PF. O teor do depoimento não foi informado. Outro homem conhecido como “Churrasco” também foi ouvido.

Vanessa Bayma:

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