SÃO PAULO | Um homem de 50 anos perdeu partes do nariz e da orelha ao ser atacado a mordidas por um vizinho em Eldorado, no interior de São Paulo. Segundo informações confirmadas ao g1 neste sábado (15), o suspeito também usou um penado – ferramenta parecida com um machado – durante o ataque. Ele foi indiciado por tentativa de homicídio e aguarda transferência para uma instituição de saúde, pois é esquizofrênico, segundo a defesa.
José Nilson Ferreira mora sozinho em um imóvel no bairro Vila Nova, onde foi agredido enquanto estava no quintal. À reportagem, Danilo de Castro Ferreira Ribeiro, de 28 anos, filho da vítima, contou que o suspeito, que mora na casa da frente, invadiu a residência do pai e já partiu para cima dele com o penado.
Segundo Danilo, o primeiro golpe foi desferido na direção do pescoço. Em seguida, o pai dele entrou em luta corporal com o vizinho, e os dois foram ao chão. “Meu pai conseguiu segurar o penado com as duas mãos. Ele começou a querer morder, e meu pai se debateu embaixo do homem. Só que teve uma hora que ele deu um bote certeiro, e arrancou metade do nariz”, explica o estudante.
O jovem afirma que o suspeito continuou tentando morder o pai, e ainda conseguiu arrancar um pedaço da orelha. “Depois que ele tomou a segunda mordida, ergueu o agressor e jogou longe o penado. Tirou força não sei de onde” afirma. Em seguida, o vizinho ainda arrastou a vítima até próximo de onde o penado caiu, para tentar recuperar a ferramenta, mas não encontrou.
Nesse momento, José pulou para a casa de outro vizinho, que acionou a Polícia Militar e o resgate. Ele foi socorrido à Santa Casa de Eldorado e depois encaminhado para o Hospital Regional de Registro, onde passou por uma cirurgia de enxerto no nariz. O homem recebeu alta e já está se recuperando em casa, com a família.
O caso foi registrado como tentativa de homicídio na Delegacia Sede de Eldorado, onde é investigado. O suspeito foi detido na quinta-feira (13), após a prisão preventiva ser decretada, conforme confirmou a Polícia Civil. Ele foi encaminhado à Cadeia Pública de Registro, onde permanece à disposição da Justiça.