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Em Manaus, dos 12 alimentos que compõem a cesta básica, 11 apresentaram aumento em janeiro

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Em janeiro, o custo da cesta básica de Manaus apresentou forte alta – 10,31% em comparação ao mês anterior – ficando em R$ 405,72. Com isso, a capital amazonense permanece ocupando a 10ª colocação entre as 27 capitais onde foram realizadas o levantamento do preço do consumo básico de bens alimentícios das famílias brasileiras.

Na capital amazonense, dos 12 alimentos que compõem a cesta básica, 11 apresentaram aumento: tomate (31,05%), açúcar (14,76%), feijão (12,76%), café em pó (7,03%), banana prata (6,17%), manteiga (4,13%), óleo de soja (2,64%), carne bovina (2,53%), arroz (2,22%), pão francês (1,71%), e farinha de mandioca (0,26%). O único produto que apresentou variação negativa foi o leite (-1,86).

Os dados são da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Segundo Inaldo Seixas, supervisor técnico do Dieese, “não existe um estudo aprofundado sobre os reais motivos, são tudo hipóteses”, destaca. Segundo ele, em relação ao tomate, o que pode justificar o aumento significativo está relacionado a aspectos climáticos. “As fortes chuvas diminuíram a oferta do tomate, elevado o preço do produto”, justifica.

Para o segundo maior aumento registrado em Manaus – o açúcar – os motivos estão ligados também às consequências da chuvas, que atrasaram o calendário da colheita da cana e restringiu a disponibilidade do produto. “A produção de etanol também pode ter contribuído para o aumento do valor do açúcar”, explica o Dieese.

As consequências climáticas também afetaram as lavouras do feijão, quebrando o período de safra e consequentemente aumentando o valor do produto.

“Ainda ontem vi a reportagem que em Lábrea o valor vai aumentar por conta da seca. O transporte do produto será feito somente por avião. Sem duvida alguma, nós sentimentos as consequências já”, destacou o comerciante de hortaliças da Feira do bairro de Aparecida, José Barbosa.

Redimensionamento metodológico

A Pesquisa Nacional da Cesta Básica, antes realizada em 18 cidades (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vitória, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Salvador, Recife, Fortaleza, Natal, João Pessoa, Aracaju, Manaus, Belém, Campo Grande, Goiânia e Brasília) passou a realizar em janeiro, o acompanhamento mensal também em Boa Vista, Macapá, Palmas, Porto Velho, Rio Branco, São Luís, Maceió, Teresina e Cuiabá.

Com a implantação dessas cidades, será possível acompanhar a evolução dos preços de 12 ou 13 produtos básicos de alimentação (carne, leite, feijão, arroz, farinha de trigo ou de mandioca, tomate, batata, pão francês, café em pó, banana, óleo de soja, manteiga e batata, a depender da cidade).

Segundo o DIEESE, a implantação da cesta nas nove cidades foi feita em conjunto com a atualização da ponderação de locais de compra, com base na Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) de 2008/2009, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na metodologia, consiste os hábitos de consumo alimentício de famílias que contém de um a três salários mínimos.
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