São Paulo – A polícia Civil de São Paulo tem provas de que a jornalista Patrícia Lélis e o chefe de gabinete do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) Talma Bauer mentiram em depoimentos na delegacia.
Em um vídeo, os dois aparecem em negociação para que a jovem não denuncie Feliciano por assédio, agressão e tentativa de estupro. Inicialmente, os dois negaram a informação.
Na gravação, Patrícia e Bauer tratam do pagamento e ele afirma que já repassou 50.000 reais a Arthur. Para a polícia, trata-se de Artur Mangabeira, um conhecido de Patrícia escolhido para intermediar o pagamento. Mangabeira, como indica a gravação, afirmou à jornalista que recebeu de Bauer a quantia de 10.000 reais. Ao ser informada de que o valor foi superior, Patrícia demonstra surpresa. Ela chega a pedir a Bauer que “faça alguma coisa” contra Mangabeira.
Patrícia ficou hospedada por uma semana no hotel em que se dá o diálogo gravado. E recebeu a visita da mãe e do irmão no período. Para a polícia, são mais indícios de que ela não foi mantida em cárcere privado, como alega. Os investigadores também obtiveram fotos em que Patrícia e Bauer são retratados em momentos de descontração, dentro do carro e em restaurantes.