EUA | Drisana Rios entrou com um processo contra a empresa em que era funcionária, alegando discriminação de gênero, retaliação e rescisão indevida. Ela desabafou sobre a situação em seu perfil no Instagram.
A mulher conta que trabalhava em tempo integral desde 2019, mas com a pandemia, acabou sendo obrigada a trabalhar de home office. Com isso, foi preciso conciliar afazeres domésticos com as responsabilidades da empresa.
“Nos últimos 3 meses, trabalhei 24 horas em casa, assistindo minhas duas crianças. Eu cumpri todos os prazos que eles me pediram, mesmo os irreais. A situação que eu sofri nos últimos três meses está além de estressante. Como uma empresa que diz entender e trabalhar de acordo com o cronograma dos pais faz completamente o oposto em suas ações? Estou devastada. Demorei em dar um lanche ao meu filho quando ele queria, porque meu chefe precisava que eu fizesse algo imediatamente. E o que eu recebi em troca? Fui demitida!”, relatou a mulher.
Na queixa, ela diz que tentou mostrar que poderia dar conta das duas funções, para que seu supervisor não se preocupasse em relação ao seu rendimento. No entanto, o supervisor passou a aumentar o número de atividades, além de marcar reuniões no horário de almoço dos pequenos. A mulher ainda tentou negociar um horário mais adequado para as reuniões, mas o acordo não se concretizou e ela ainda levou uma bronca do seu supervisor.
“Ele disse: ‘as crianças podem ser ouvidas durante ligações comerciais, isso não é profissional”.
Rios conta ainda que foi instruída a resolver seus “problemas de gerenciamento de tempo” com outro supervisor.
Ela foi dispensada no dia 2 de junho, com a justificativa da empresa de que a pandemia teve um efeito negativo na vida da funcionária.
Drisana Rios aguarda receber uma indenização da empresa, incluindo retribuição e indenização por danos mentais e emocionais.