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Empresário é morto por policial rodoviário federal após briga de trânsito

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Manaus – A briga de trânsito que terminou com a morte de um empresário neste sábado (31) em Campo Grande começou depois que a vítima teria fechado o carro conduzido pelo policial rodoviário federal, segundo testemunhas. O agente suspeito de matar estava uniformizado e a caminho do trabalho. A informação foi repassada ao G1 pela assessoria de imprensa da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Mato Grosso do Sul.

Adriano Correia do Nascimento, 32 anos, dirigia uma caminhonete que foi alvo dos disparos feitos pelo policial. Ele morreu no local.

Segundo as primeiras informações da instituição, “foi necessário intervir e abordar a caminhonete e, durante a abordagem, foram necessários disparos”. Em nota oficial divulgada posteriormente, a PRF informou que o policial se apresentou na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) do Centro com uma equipe da PRF e da Polícia Militar.

O comunicado ainda diz que a perícia já foi feita no local do crime e que todas as informações referentes ao fato serão levantadas para maior detalhamento da ocorrência. A identificação do policial não foi divulgada.

O delegado de Polícia Civil Enilton Zalla Pires disse que ainda não é possível afirmar se houve excesso na conduta do policial.

Além do empresário, estavam no carro um homem de 48 anos, que teve ferimentos por conta da batida no poste, e um adolescente, que foi atingido por um tiro na perna. Os dois foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros para a Santa Casa.

Desespero
Um vídeo gravado por testemunhas logo depois da confusão mostra o desespero dos passageiros da caminhonete. Eles aparecem caídos na rua, ao lado da caminhonete, enquanto o empresário está morto no banco do motorista.

O policial está vestido com uma camisa listrada, calça do uniforme e o coturno, com a arma em punho, ao lado de policiais militares. O passageiro da caminhonete grita e xinga o policial.

“Ele está morto por causa dele, esse cara é o responsável, ele é o responsável, prende ele”, fala aos policiais militares se referindo ao policial rodoviário.

Testemunhas disseram que a briga começou porque a caminhonete teria fechado o carro do policial, mas não souberam informar se foi de propósito ou acidentalmente.

“Só porque fechamos ele na saída ali ele veio e pressionou nós (sic). Esse cara aí. O Adriano está morto”, afirma uma das vítimas no vídeo.

O suspeito conversa com os PMs e o homem ferido discorda ao ouvir o diálogo. “É mentira sua, ninguém te ameaçou de nada. Nós nem armado estamos. Pode revistar o carro aqui. Meu amigo está morto aqui dentro. Ô meu Deus! Ele atirou na gente para matar”.

Poste
A confusão aconteceu na avenida Ernesto Geisel, em frente ao Horto Florestal, no começo da manhã deste sábado (31). A caminhonete onde estavam as vítimas bateu em um poste após ser atingida por tiros. Um policial rodoviário federal é suspeito do crime, segundo o delegado da Polícia Civil Enilton Zalla Pires.

“Podemos adiantar, por enquanto, que foi um conflito de trânsito e que uma das pessoas é um policial que foi abordar pessoas que estavam em outro carro. Houve disparos, no total de 7, e uma pessoa morreu”, afirmou. Ele vai ouvir testemunhas e as vítimas.

O suspeito estava sozinho no carro e três pessoas ocupavam a caminhonete, que bateu no poste. A estrutura de concreto caiu sobre o carro depois da colisão.

Equipes do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) estão no local. A pista foi isolada para os trabalhos da perícia da Polícia Civil.

Com informações G1.

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