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Empresário humilha entregador em saída de shopping: “não pago aluguel pra motoboy sentar aqui”

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DISTRITO FEDERAL | Um sócio do restaurante Abbraccio, no DF, foi gravado discutindo com um motoboy que estava sentado na entrada do ParkShopping, carregando o celular. As informações são do Metrópoles.

Em vídeo, que foi obtido pelo Metrópoles e teria sido gravado no sábado (17), o empresário aparece no telefone e, quando desliga, diz ao entregador: “Na minha loja, você não pisa mais. Se eu pedir para alguém te ver aqui… Já vou te excluir do Ifood, beleza? Só isso que eu tenho para te falar”.

O sócio do restaurante italiano prossegue: “E tu não folga, não. Você não está na sua casa. Eu estou neste shopping tem 15 anos, não vai chegar um motoboy aqui e achar que manda, não, beleza?”.

O homem, então, vira-se para um funcionário do shopping e reclama: “Vocês não deviam deixar o cara com isso aqui para carregar. Isso aqui é do shopping. Vou ligar para o Carlos Alberto, porque isso aqui não pode acontecer. Não tem condições. Pago R$ 140 mil de aluguel para o motoboy sentar aqui e colocar o celular dele para carregar? Não vou nem a pau”.

O vídeo não mostra o que ocorreu antes da fala do empresário. Um entregador disse ao Metrópoles que estava no local e presenciou a cena, que chamou de “humilhação”. Ele contou que houve uma confusão por conta da demora no restaurante para preparar um pedido, e o motoboy, após esperar por mais de uma hora, recusou-se a fazer a entrega. “O dono do estabelecimento o humilhou na frente de todos”, relatou.

O motoboy ouvido pela reportagem informou que o local onde os entregadores estavam é um ponto de apoio instalado justamente para que os profissionais possam carregar os celulares.

Após as imagens circularem entre a categoria de entregadores, as redes sociais do Abbraccio receberam comentários pedindo respeito aos motoboys.

O OUTRO LADO

Em nota enviada à reportagem, o Bloomin’ Brands, grupo detentor da marca Abbraccio, disse que “o que é retratado no vídeo não condiz com a nossa relação com os profissionais de entrega”. “Lamentamos o ocorrido”, afirmou.

“Estamos no Brasil há 23 anos e temos um relacionamento genuíno com as nossas pessoas e os fornecedores que trabalham conosco. Informamos também que já conversamos com o sócio do restaurante em relação à condução do trabalho com os entregadores locais e já estamos apurando toda a situação e tomando as providências necessárias”, disse a empresa.

Expressoam:

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