Manaus – A crise econômica que levou o governo do estado do Amazonas à penúria não atinge igualmente todos os poderes e órgãos públicos.
Enquanto o Executivo parcela o décimo terceiro salário de servidores e tem até a brilhante ideia de fechar hospitais, o Ministério Público (MPE), a Defensoria Pública (DPE) e o Tribunal de Justiça (TJ) aumentaram suas despesas de custeio este ano em R$ 14 milhões. Esses gastos, que excluem as despesas de pessoal, compreendem diárias, passagens, auxílio-moradia, carro, motorista e contratos de serviços terceirizados, entre outros itens.
A reunião foi realizada na sede do Governo do Amazonas, na manhã desta quinta-feira, 14 de julho e contou com a presença do presidente do TJAM, desembargador Flávio Pascarelli, do procurador Geral do Ministério Público Estadual, Fábio Monteiro, dos deputados estaduais Josué Neto, Davi Almeida, Sabá Reis, Abdala Fraxe, Serafim Corrêa, Platiny Soares, Carlos Alberto, Dr. Gomes, Adjuto Afonso, Bosco Saraiva, Bi Garcia, Orlando Cidade e Francisco Souza, além dos secretários de Fazenda, Afonso Lobo, de Planejamento, Thomaz Nogueira, da Casa Civil, Raul Zaidan.
O valor é quase o dobro do necessário para quitar os R$ 7 milhões de dívidas com as clínicas de Hemodiálise, que vive a maior crise de sua história. Somente R$ 3,3 milhões já seriam suficientes, por exemplo, para colocar em dia o pagamento dos bolsistas de iniciação científica, técnicos de enfermagem e médicos residentes do e outros profissionais da área da saúde que estão com salários atrasados há três meses.
O Professor de administração geral Paulo Lustoza, da USP, destaca a importância da redução do custeio em todos os poderes:
— O esforço de arrecadação e de redução de gastos tem que ser feito por todos. O servidor público estadual do Poder Executivo se sente prejudicado por ter seus salários parcelados, enquanto seus colegas dos demais poderes não passam a mesma dificuldade, embora a fonte de arrecadação seja a mesma.