Manaus – Um líder religioso foi preso suspeito de abusar da própria filha há três anos. O suspeito estava na igreja no município de Cariacica quando foi detido pela polícia. A vítima, atualmente com 17 anos, residia com o pai, a madrasta e dois irmãos, uma criança de quatro, e um menino de 13, em Vila Velha. Segundo a polícia, o acusado era taxista, além de pastor, e era dono de duas igrejas.
Por Daniela Aquino , do ESHOJE
O delegado Lorenzo Pazolini, responsável pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), garante que o pastor realizava abusos sexuais no quarto da filha. “Nos primeiros dois anos ele permanecia com atos libidinosos, depois cometeu a conjunção carnal. A madrasta explicou que nunca tinha visto nada e nem desconfiava do marido”, comenta.
A polícia destaca que o acusado cometia o abuso nos mesmos horários, diariamente, com agressão física e verbal. “O abuso sexual tornou-se rotineiro, quase diário. Às vezes diante do choro da filha ele parava e pedia perdão”, relata
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“Era só pra saber que ela era virgem”
O acusado alega que mantinha tais atos para comprovar a virgindade da adolescente, já que suspeitava de um encontro com um rapaz. “Inicialmente era para atestar a virgindade, porque ela só poderia se casar na minha igreja se fosse virgem. Eu sei que fui errado, eu coloquei a mão nela, eu coloquei o dedo nela, mas sempre fui um bom pai”, prepondera o acusado.
A adolescente, exausta dos abusos, foi morar com uma amiga, a qual a ajudou a realizar a denúncia no dia 11 de janeiro deste ano. Na ocasião, o pai da vítima e acusado de abusar dela estava viajando para o Pará, local em que abriria outra igreja.
A equipe de policiais encontrou na residência do pastor, no município canela-verde, móveis em caixas. De acordo com o delegado Lorenzo Pazolini, responsável pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), essa pode ser uma suspeita de que o acusado poderia estar planejando uma fuga.
Pazolini frisa que a menina morava com a avó paterna, no Pará, e mais tarde veio morar com o pai, com o qual viveu por oito anos. A mãe mora no Maranhão, mas não mantém contato. O pastor aguarda julgamento, em reclusão no Centro de Triagem de Viana (CTV), e, se condenado, pode continuar por lá por até mais 15 anos.