Manaus – Professores e pesquisadores de universidades públicas lançaram campanha nacional contra o “cerceamento da atividade docente”.
Intitulada Escola sem Censura, a iniciativa pretende combater leis e projetos alinhados com o Escola sem Partido, movimento político que luta pelo fim do que considera doutrinação nas escolas brasileiras.
No Amazonas
O deputado Platiny Soares (DEM), tenta emplacar outro projeto de lei semelhante ao que foi condenado pelos professores, pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação e pela Secretária de Educação do Estado de Alagoas por punir professores que emitirem opinião sobre política e religião dentro da sala de aula.
Segundo o site da organização, o grupo de pais e alunos engajados no Escola sem Partido se preocupa com “o grau de contaminação político-ideológica das escolas brasileiras”. Seguindo essas ideias, o projeto Escola Livre, que proíbe os educadores de “doutrinarem” seus alunos, foi implementado no início de maio em Alagoas.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, tramitam projetos de lei semelhantes em pelo menos nove Assembleias Legislativas e 17 Câmaras Municipais por todo o país. Tanto a medida tomada pelo estado alagoano quanto as demais geraram intenso debate entre a comunidade de educadores e educandos.
Campanha Nacional
Para reverter a situação, a campanha Escola sem Censura promoverá uma série de iniciativas como encontros em escolas e universidades, produção de material impresso, digital e em vídeo, realização de palestras, além de encaminhar uma ação de inconstitucionalidade ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra as iniciativas inspiradas nos ideias do movimento Escola sem Partido.
A campanha foi lançada pelo coletivo Fórum 21, que reúne ativistas e pensadores de esquerda no Brasil. Assinam os acadêmicos André Machado (EFLCH/UNIFESP), Diana Mendes Machado (FFLCH/USP), Fernanda Sposito (EFLCH/UNIFESP), José Sérgio Carvalho (FE/USP), Lidiane Rodrigues (UFSCAR) e a jornalista Tatiana Carlotti (Carta Maior).
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Na verdade a Escola Sem Partido, ou Lei da Mordaça, não quer tratar da relação de formação política, mais sim de uma retaliação partidária ao inibir atuação dos partidos de esquerda em detrimento dos partidos conservadores de direita que ao longo de décadas perderam o espaço político junto aos discentes e a sociedade como um todo. Na fala de Dep. Platiny Soares/AM, ao escrachar a teoria de Paulo Freire, fica claro um intuito político partidário da direita reacionária e conservadora querer impedir o cidadão da sua formação política para que este siga desconhecedor dos seus direitos e deveres cidadã desde que se enquadre como massa de manobra para seguir contigenciando os currais eleitorais que historicamente a direita soube conduzir muito bem ao longo das campanhas eleitorais até os dias, apesar das teorias de libertação de Leonardo Boff, Paulo Freire, Matilene Chauí e tantas outras também importantes que se prosperaram no seio dos povos oprimidos.