BRASÍLIA | O estudante de medicina Veterinária, Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkuhl, de 22 anos, foi picado por uma naja, nesta terça-feira (07). A cobra, que pertencia ao estudante, ficou desaparecida, mas acabou sendo recapturada
O rapaz foi levado ao Hospital Maria Auxiliadora e está em coma. O soro antiofídico necessário para o tratamento do veneno, que é estocado pelo Instituto Butantan em São Paulo, chegou em Brasília somente durante a noite.
De acordo com o diretor de Répteis, Anfíbios e Artrópodes do Zoológico de Brasília, a naja é originária da Ásia e não costuma ser agressiva, mas ataca para se alimentar ou se proteger quando se sente ameaçada. “Essa espécie só ataca quando se sente muito ameaçada. Porém, é muito nociva ao ser humano e pode levar à morte em apenas uma hora depois da picada”, explicou Carlos Eduardo Nóbrega.
Ele conta ainda que não se pode manter um animal desse em casa sem autorização de órgãos ambientais, o que pode até ser considerado crime ambiental.
O veneno da naja atinge diretamente o sistema nervoso central, fazendo com que a pessoa atingida perca os sentidos e fique sonolenta.
O Batalhão da Polícia Militar Ambiental (BPMA) resgatou o animal no shopping Pier 21, horas após o acidente. Segundo a corporação, familiares de Pedro Henrique Lehmkuhl forneceram informações que levaram ao contato de um adolescente que estaria com o bicho, amigo do estudante.