Manaus – Quatro estudantes do segundo período do curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), são acusados de criar uma rede de difamação com o intuito de prejudicar um colega de classe após uma briga por motivações políticas nos corredores da instituição.
De acordo com informações do Portal Amazonas News, os alunos envolvidos foram identificados como Diego Veloso, Lucillany Carneiro de Sousa, Claudio Vinicius e Ricardo Miranda de Souza são acusados de criar falsa acusação de assédio sexual para difamar um estudante de Ciências Sociais da Universidade do Amazonas (UFAM), pelas redes sociais, como Facebook, Instagram e grupos de WhatsApp, inclusive na página do Centro Acadêmico de Ciências Sociais da instituição de ensino na qual os autores são alunos. Há suspeita de que um professor ligado ao Partido dos Trabalhadores (PT) esteja envolvido.
O estudante (que não quis se identificar), disse que viu sua vida virar um tormento após seu nome ficar exposto em redes sociais de forma injusta, após se envolver em uma briga nos corredores da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). O incidente aconteceu no último dia 28/09, na “Sexta Cultural de Pedagogia”, no Campus Universitário. Ambos os evolvidos participavam de um seminário de estudantes de Ciências Sociais realizada anteriormente, onde iniciou o acontecido.
A vítima de falsa acusação de assédio sexual, contou ao Portal Amazonas News, que estava no encerramento do Encontro Regional dos Estudantes Ciências Sociais, na Ufam. Em seguida, se dirigiu com amigos para uma festa acadêmica, no mesmo complexo universitário. Ao comprar uma bebida em uma barraca de uma atendente identificada como R. S. (apenas às iniciais de nome e sobrenome), foi expulso e hostilizado por Cláudio Vinícius, que iniciou uma série de acusações: “Circula, circula seu assediador”, disse Claudio.
A vítima, sem entender do que se passava, optou por ignorar o incidente e se retirou no local. Passados alguns minutos, o aluno retornou a barraca para comprar um drink e perguntou da atendente: “Eu fiz algo de errado para você, te disse algo que te incomodou?”, a moça respondeu, “claro que não, não liga, ele é assim mesmo meio crisado”, mas não foi o suficiente para que Claudio parasse, ele se aproximou de forma mais agressiva dizendo que iria tirá-lo a força, caso não se retirasse do local, nesse momento iniciou-se uma discussão e os dois foram para vias de fato (as agressões físicas foram recíprocas). A briga foi apartada e ambos foram para suas casas.
A perseguição contra o estudante não parou por aí. No dia seguinte, ele viu seu nome circulando em grupos de WhatsApp e nas Redes Sociais, como assediador sexual. Bastante preocupado com sua reputação, resolveu procurar a Polícia Civil e relatou a situação, o que gerou um inquérito para apurar os crimes de injúria, difamação, calúnia e acusação caluniosa.
A suposta vítima de assédio sexual, a atendente R. S. foi ouvida pelo Portal, e negou que tivesse sido assediada pelo estudante. “O cara que brigou com Claudio não me assediou, eu vi meu amigo imobilizando ele no chão e ele se debatendo todo no chão, e quando eu puxei meu amigo ele estava todo machucado e o cara não”, lamentou. Ouça os áudios:
Claudio também foi ouvido pelo Portal, ele contou que pediu com educação para o aluno circular, que a briga não foi justa e que o rapaz anda com um grupinho que segundo ele não tem nada a ver com o curso.
Outros envolvidos
Diego Veloso, que é um dos responsáveis pelo Centro Acadêmico de Ciências Sociais (CACS), é acusado de divulgar a fake news na página oficial da entidade com o objetivo de difamar o desafeto.
Uma aluna identificada como Lucillany foi responsável por viralizar a fake news nos grupos de WhatsApp quando era menor de idade, ela também voltou a praticar o mesmo crime recentemente quando atingiu a maioridade.
Outro aluno que ajudou na divulgação da acusação criminosa foi Ricardo Miranda de Souza. No seu perfil pessoa ele fez uma publicação onde ele afirma que outras pessoas também participaram da briga.
Além disso o grupo usou para divulgar a Fake News um perfil falso denominado (João Guimarães) que expôs o nome do estudante. O dono do perfil já foi identificado pela polícia. Contra ele existem várias denuncias pelo mesmo crime na Delegacia Interativa da Polícia Civil do Amazonas.
Todos os envolvidos vão responder pelos crimes de injúria, calúnia e difamação. Caso condenados, podem pegar de um a três anos e multa.