São Paulo – Cinco mandados de prisão foram cumpridos na manhã desta segunda-feira (30) durante a operação Aequalis, em Belo Horizonte. Um dos detidos é o ex-deputado federal Nárcio Rodrigues da Silveira (PSDB), que foi secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais durante o governo de Antonio Anastasia (PSDB), entre dezembro de 2010 e novembro de 2014. Nárcio da Silveira também foi presidente do partido em Minas.
Nesta manhã, o ex-secretário foi levado no carro da polícia para a sede do Ministério Público Estadual de Minas Gerais (MPE-MG), na capital mineira. A operação envolve o Grupo Especial de Promotores de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e a Polícia Militar (PM). Silveira é ouvido na promotoria, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. A defesa dele não foi localizada.
De acordo com a PM, 16 mandados foram cumpridos nas regiões Centro-Sul e Noroeste da capital mineira. Documentos e computadores foram apreendidos em 14 endereços. Houve também buscas em Uberaba, no Triângulo Mineiro, onde três mandados de busca e apreensão são cumpridos nesta segunda-feira (30), conforme o MPE-MG.
A assessoria de imprensa do Ministério Público informou que a operação Aequalis, do latim igual, tem a participação do Grupo Especial de Promotores de Justiça de Defesa do Patrimônio Público, mas ainda não há informações sobre o crime em investigação.
No dia da votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o deputado federal Caio Narcio (PSDB-MG), filho do ex-secretário, votou pelo afastamento da petista e citou seu pai.
“Por um Brasil aonde meu pai e meu avô diziam que decência e honestidade não era possibilidade, era obrigação. Por um Brasil aonde os brasileiros tenham decência e honestidade”, afirmou o parlamentar no último dia 17 de abril, com uma bandeira do país nas mãos.
Nárcio Rodrigues Silveira, também jornalista e escritor, foi deputado federal por cinco mandatos. Obras realizadas em Frutal, no Triângulo Mineiro, durante a gestão dele como ex-secretário foramauditadas em 2015 pela Controladoria-Geral de Minas Gerais, que apontou irregularidades. A Polícia Militar e o Ministério Público não confirmam se a operação de hoje tem relação com a suspeita de superfaturamento.
O Grupo Especial de Promotores de Justiça de Defesa do Patrimônio Público do Ministério Público de Minas Gerais instaurou inquérito civil para apurar as irregularidades na obra.
Silveira disse em nota que não teve participação no processo licitatório e no acompanhamento da execução de obras. Afirmou também que, caso haja, qualquer irregularidade ou desvio, a posição será sempre de pedir apuração criteriosa e punição dos eventuais culpados.
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