Rio – A Força Aérea Brasileira (FAB) desistiu na tarde deste sábado, dia 21, de retirar por conta própria os destroços do bimotor King Air C90 da baía de Paraty, no litoral do Rio de Janeiro. Na queda do avião, quinta-feira passada, dia 19, morreu o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal. Até início da manhã, a Aeronáutica planejava içar o avião das águas com ajuda da Marinha e do Corpo de Bombeiros.
À tarde, avisou que transferiu a responsabilidade ao Grupo Emiliano, proprietário do avião. Dono do grupo, o empresário Carlos Alberto Filgueiras também morreu no acidente. Segundo a FAB, a “terceirização” do resgate é prevista em lei e não compromete a investigação sobre o desastre aéreo.
A gente verificou que a situação era mais complexa do que imaginava. Ela requer alguém especializado neste tipo de resgate no mar”, afirmou o tenente-coronel aviador Edson Amorim, encarregado de apurar as causas do acidente. O bico do bimotor está atolado no fundo do mar, num ponto com aproximadamente três metros de profundidade, o que dificulta muito a operação. Em terra firme, os destroços passarão por uma perícia do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
O Grupo Emiliano afirmou que foi informado neste sábado sobre a exigência da Aeronáutica. “Contratamos de imediato uma empresa especializada nesse serviço, que ainda não informou detalhes de logística e prazo de retirada da aeronave. Assim que formos informados, comunicaremos as autoridades”, disse a assessoria do grupo. O plano de remoção será submetido à Marinha.
A lei estabelece que a responsabilidade pela remoção dos destroços é da empresa proprietária da aeronave”, afirmou a Aeronáutica. A mesma lei diz que “a autoridade policial competente deve isolar e preservar o local do acidente aéreo, inclusive a aeronave acidentada e seus destroços, para a coleta de provas, até a liberação da aeronave ou dos destroços”.
Com informações ÉPOCA.