MANAUS – AM | O militar do Exército Brasileiro, Jhonatan Corrêa Pantoja, de 18 anos, que foi encontrado morto na madrugada desta segunda-feira (3) dentro do 7º Batalhão de Polícia do Exército, pode ter sido vítima de tortura e até mesmo de um possível homicídio.
Familiares do rapaz levantaram essa hipótese após constatarem marcas de agressão no corpo da vítima, que morreu com um tiro de fuzil. Eles buscam esclarecimentos sobre o caso. O corpo apresentava perfurações nas costas, nos braços e na cabeça.
“Meu sobrinho foi praticamente assassinado. Tem vários hematomas pelo corpo. Nós não tivemos as informações necessárias pra confortar a família. Queremos que os fatos sejam esclarecidos é que os culpados sejam punidos”, disse o tio de Jhonatan, Valdionor Maciel, ao G1.
“Aquela farda era a vida dele. E ele foi brutalmente assassinado dentro do próprio órgão que ele admirava” lamentou Valdionor., que também já serviu ao Exército e, por isso, afirma que as marcas deixadas no corpo do jovem são de tortura e não das atividades realizadas dentro do batalhão.
Entenda o caso
O fato ocorreu na madrugada desta segunda-feira, por volta das 3h, enquanto Jhonatan fazia a segurança do quartel.
Um tiro foi ouvido no batalhão e logo outros militares encontraram o soldado agonizando no chão, com um tiro no peito. Ele chegou a ser socorrido e encaminhado ao Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto, mas não resistiu aos ferimentos.
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) aponta que a causa da morte foi hemorragia e uma ferida no pulmão esquerdo. Em nota, o CMA informou que será instaurado um Inquérito Policial Militar (IPM) para identificar a origem do disparo e, consequentemente, a real causa da morte. Hipóteses de suicídio foram levantadas, mas a família não acredita nessa possibilidade.