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Familiares de pacientes internados no Hospital 28 de Agosto recebem atendimento psicossocial do Governo do Amazonas

FOTOS: Herick Pereira/Secom

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MANAUSAM| Famílias de pacientes internados no Hospital e Pronto-Socorro (HPS) 28 de Agosto com Covid-19 contam com um acolhimento psicossocial do Governo do Amazonas. O serviço busca aproximar o parente do familiar que está na unidade divulgando informações como quadro clínico, avanços e movimentações na unidade, dando atendimento psicológico e humanizado aos acompanhantes.

A equipe multidisciplinar coordenada pela Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), em parceria com a Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas), atua em uma tenda montada na Fundação Allan Kardec, localizada ao lado do hospital. No local, os parentes de referência realizam um cadastro assim que o paciente é internado. Sendo assim, eles passam a receber todo o apoio e avisos do tratamento dado ao seu familiar.

O atendimento psicossocial, segundo a subcoordenadora de Projetos Sociais da UGPE, Viviane Dutra, ganha extrema importância para o sistema de saúde, sobretudo pelo aumento de internações registrado nos últimos dias. Ela explica que a emissão de boletins ficou prejudicada pelo crescimento de casos de Covid-19 na rede pública, mas, devido ao acolhimento, os trabalhos dentro e fora da unidade tornaram-se mais fortalecidos.

“Muitas famílias ainda estão impactadas, a equipe médica fragilizada, toda a sociedade está sofrendo com essa condição. O atendimento psicossocial é para que a gente possa fortalecer e fomentar ações de apoio mútuo. A partir do momento em que a gente tira essa sobrecarga da equipe médica que está ocupada em atender os pacientes e acolhemos essa angústia dos parentes que ficam aqui fora, precisando dessa informação, a gente torna esse processo, que já é crítico, um pouco menos traumático”, explicou Viviane.

Serviço – O serviço funciona das 7h às 18h na Fundação Allan Kardec. Após este horário, as demandas podem ser registradas dentro da unidade até as 22h, complementando a triagem externa realizada na área de emergência Hospital 28 de Agosto. Neste outro local, somente pacientes com suspeita de Covid-19 são atendidos, por uma equipe médica e ambulatorial, evitando o contato deste público com outras pessoas. O atendimento psicossocial também funciona dentro das unidades do Platão Araújo e João Lúcio, das 7h às 22h.

Para divulgar as informações dos pacientes aos familiares, os profissionais têm acesso a um link do sistema do hospital, por meio do qual são atualizadas informações básicas como evolução do quadro clínico, localização, status diário ou qualquer tipo de movimentação até que o boletim médico possa ser emitido. Em casos de pacientes com capacidade de falar, a equipe intermedia ligações por vídeo com familiares fora da unidade de saúde. Atualmente, 200 famílias estão sendo acompanhadas pela equipe do acolhimento.

Ainda conforme a subcoordenadora Viviane Dutra, para os casos nos quais infelizmente o paciente venha a óbito no hospital, a equipe está preparada para dar as orientações necessárias e agilizar o processo de liberação do corpo à família.

“A gente tem muitos cenários com a Covid-19, e cada caso é um caso, a evolução tanto de melhoria como a evolução do comprometimento do quadro clínico. A partir do momento em que a gente aproxima essa família do serviço social do hospital, no caso de uma alta, de uma transferência ou de um óbito, a família já está preparada para isso e mobilizada. Com o serviço, ela consegue fazer a retirada do corpo em um espaço de tempo menor, o que facilita a logística e a gestão desses processos tão críticos do período da pandemia”, destacou.

Atendimento – A costureira Valcíria Araújo, 48, é uma das pessoas acompanhadas pela equipe de profissionais do Governo do Amazonas. Diariamente ela busca informações sobre o marido, que está internado na unidade desde segunda-feira (04/01) com Covid-19. Ela afirma que o apoio dado pelo grupo traz mais tranquilidade neste momento crítico.

“No primeiro momento que ele ficou internado fiquei em desespero, porque é muito triste. É muita gente doente, mas felizmente a gente é bem atendido aqui. Quando chego aqui recebo notícias dele. Hoje, inclusive estou esperando e fui muito bem atendida. Tem muitas pessoas que ficam revoltadas, mas não é assim. É muita gente, e todas as pessoas estão tentando ajudar. Eu creio que vamos vencer essa batalha juntos”.

Colaboração para o Expresso AM, em Manaus:

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