Manaus – Mais de cem pessoas, entre esposas, namoradas, mães e filhos de presos do Amazonas, fecharam a BR-174, na tarde desta quinta-feira (12), em protesto por não poderem visitar ou entregar produtos aos familiares que estão detidos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat) e os Centros de Detenções Provisórias (CDPs), feminino e masculino, localizados em um ramal do KM 8 da rodovia.
“Não sabemos quem passou a informação inverídica de que os familiares poderiam visitar os presos nesta tarde, a partir das 13h. Quando deu umas 14h30, houve bate-boca entre eles e com os policiais que bloqueiam a principal entrada de acesso ao ramal, onde ficam os presídios. Até o momento, a Secretaria de Segurança não liberou o acesso e não há previsão oficial quando isso deva acontecer”, relatou.
Os familiares, tanto dos presos que cumprem pena no regime fechado e no semiaberto, revoltados invadiram a pista e fecharam as duas vias da rodovia. Um congestionamento de mais de um quilômetro se formou, enquanto os policiais tentavam negociar a saída das mulheres e crianças do local.
Policiais da Força Nacional, que foram enviados pelo Ministério da Justiça e Cidadania para atuar nos presídios e ruas da capital amazonense, Força Tática, Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam) e 20ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom) participaram da ação. Por volta das 16h, os familiares aceitaram liberar uma das vias, no sentido Manaus- Presidente Figueiredo, para passagem dos carros, ônibus e carretas.
A principal reivindicação das esposas dos presos é a liberação para visita. Elas querem também obter informações sobre o estado dos familiares presos e entregar produtos de higiene e alimentação.
A Polícia Rodovia Federal (PRF) também foi acionada e organiza o trânsito na rodovia. “Como o fluxo é menor no sentido Presidente Figueiredo – Manaus, os familiares permanecem lá. Eles querem que a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) se pronuncie e dê uma data oficial para o desbloqueio do ramal e a liberação para as visitas. Ainda estamos negociando para a liberação, mas muitas pessoas foram embora quando começou a chover”, relatou o Moraes.
A Seap não se pronunciou sobre as reivindicações até a publicação desta matéria.
Com informações Portal Em Tempo.