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'Fascista não tem sexo'; diz José de Abreu, se referindo à Regina Duarte

Foto: Reprodução

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Manaus- AM| A briga entre os atores José de Abreu e Regina Duarte ainda vem gerando polêmicas. Defensor do PT e dos políticos do partido, José sempre foi muito claro sobre sua postura contra o atual governo de Bolsonaro, que agora tem a atriz como secretária de Cultura.

Após fazer uma série de críticas à Regina, o ator passou a ser chamado de machista e misógino.

Usando sua conta oficial no Twitter, Abreu chegou a fazer ameaças à Regina e garantiu que vai desmascará-la, sem dar detalhes. “Lembra de quantos gays lhe tiraram rugas? Coloriram seus cabelos brancos? Criaram figurinos para esconder suas banhas?”, disse ele.

Para a colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, José afirmou que “fascista não tem sexo”.

“Não existe sexo [homem ou mulher]. Quem apoia miliciano, homofóbico, torturador, pra mim nem humano é. Ustra, [o ex-ditador do Paraguai Alfredo] Stroessner [já elogiados por Jair Bolsonaro]. Você sabe quem foi Stroessner! Torturador, pedófilo, estuprador de crianças, narcotraficante. Ele tinha uma rede de pessoas que pegavam crianças pobres para serem estupradas”, afirma.

Em outro momento, ele faz um questionamento. “Como é que uma pessoa dessas [referindo-se a Regina Duarte]… não, eu tô indignado. Não dá para respeitar quem apoia o Bolsonaro. Eu não tenho o menor respeito. Para mim não interessa se é homem ou mulher. Não pode. Não pode. Fascista a gente trata no cuspe. Não há como considerar o fascista um ser humano. E quem apoia fascista, fascista é”, disparou.

Ainda em suas declarações, José de Abreu prosseguiu “É aquela história: tem 11 pessoas numa mesa. Senta um fascista e ninguém se levanta. São 12 fascistas. Não tem como respeitar. Sinto muito. Eu sou radical mesmo e estou num caminho sem volta. E não me arrependo”.

“As pessoas me ligam apavoradas, entendeu? Como é que pode uma atriz participar de um governo desses? É um negócio de louco. Ela diz que recebeu um chamado divino. Porra, é contra índio… ah, não dá. Desculpa. Mas é muito difícil. Desde que a Regina foi ao Bolsonaro na eleição [para apoiá-lo, em 2018], camareiros, maquiadores, costureiros, todos me falavam ‘o que essa mulher vai fazer ao apoiar um homofóbico?’. Falei isso para ela. Mandei recados para ela”, disse.

O ator ainda diz que tem visto na Grécia e na França, o que facilitaria sua vida em deixar o Brasil. “Eu posso morar em qualquer lugar do mundo. Posso trabalhar na França, meu visto dá direito. Se não puder voltar para o Brasil, não volto. Mas não vou parar. Não vou parar”.

“E veja quantas mulher me apoiam no Twitter. Fascista não tem sexo. Simone de Beauvoir falava tornar-se mulher’.Vagina não transforma uma mulher em um ser humano. Assim como o pênis não me transforma em um machista misógino. Sou, talvez, sim, machista, misógino, por uma educação [que recebi], pela sociedade. Mas a cada dia eu tento ‘mulherar’. A cada dia eu sou menos machista, menos misógino. E tenho certeza disso”, prossegue.

Por fim, ele diz que suas esposas podem testemunhar seu comportamento. “E são várias. Eu piso na bola às vezes. Mas, numa boa, se há um homem que procura ‘mulherar’ a cada dia sou eu. Eu não vou parar. Não vou parar. Eu sei que estou certo. A minha consciência diz que eu estou certo. E eu vou continuar nessa”, encerra.

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