MANAUS (AM) – A Federação Amazonense de Voleibol (FAV) suspendeu de suas atividades o técnico Walhederson Brandão Barbosa, de 40 anos, preso temporariamente por exploração sexual e favorecimento à prostituição de alunos de 15 a 17 anos, na manhã desta terça-feira (14). O Registro Nacional de Treinador (RNT) também está suspenso.
Em nota, assinada pelo presidente Walgren Tadeu Picanço, a federação diz que não tolera qualquer tipo de conduta de assédio e que não havia informações sobre a prática do treinador.
“A Federação Amazonense de Voleibol em nenhum momento, em busca de qualquer atitude nociva de treinador, encontrou qualquer tipo de ocorrência que nos levasse ao conhecimento das atitudes repugnantes do envolvido”, diz trecho.
No entanto, a delegada Joyce Coelho, titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) informou que a FAV supostamente tinha conhecimento de algumas denúncias e não fez nada.
“A federação apenas fez sindicâncias internas, mantendo o treinador no cargo, ou seja, deixando o treinador ter acesso aos adolescentes, conviver com os adolescentes, levar os meninos a hotéis, para dentro de casa. Então, essa situação, nós vamos consultar a federação para que eles esclareçam, e também nos encaminhem essas sindicâncias que teriam sido realizadas”, disse a delegada.
O caso
No total, 12 vítimas foram ouvidas pela Depca. Segundo a delegada, as investigações iniciaram após um vídeo dele vazar nas redes sociais e entre alunos do Colégio Brasileiro Silvestre. Walhederson Brandão tinha “fetiche” em gravar as relações sexuais com os alunos e a suspeita é que mais alunos tenham sido vítimas dele.
O homem trabalhava há cerca de 20 anos na área, em várias escolas públicas e particulares, e no momento da prisão, no bairro Vila da Prata, Zona Oeste, ele foi encontrado com dois garotos na cama. Ele teve prisão temporária decretada por exploração sexual e favorecimento à prostituição.