São Paulo – Uma jovem militante do PSC acusa o deputado federal e Pr. Marco Feliciano (PSC-SP) de agressão sexual e tentativa de estupro dentro do apartamento funcional onde ele reside. Feliciano teria dado um soco na sua boca e a arrastado para a suíte.
É o que relata, com exclusividade e riqueza de detalhes, a coluna Esplanada, do site UOL. O jornalista Leandro Mazzini, respaldado por seu advogado, acompanha o caso desde junho — quando os crimes teriam acontecido. Chegou a se encontrar e receber o “dossiê” de provas das mãos da suposta vítima, uma militante do PSC, cristã e famosa nas redes sociais.
O texto é dividido em partes, nas quais ele explica e ilustra a cronologia do que aconteceu desde que se comunicou com o ex-professor da jovem, Hugo Studart — que também relatou o caso em seu Facebook.
No primeiro momento, é relatada a agressão, que teria ocorrido no apartamento funcional de Feliciano, na Asa Norte de Brasília (DF). No dia 15 de junho, a suposta vítima afirma que levou um soco na boca, puxões pelo braço, após ter negado a proposta para ser amante (com alto salário e cargo comissionado no PSC) do deputado-pastor.
Ela conta que, após agredí-la, Feliciano tentou beijá-la e a arrastou para o quarto até que uma mulher tocou a campanhia e as agressões se cessaram. “Ele estava diferente, com os olhos vermelhos. Ele queria que eu terminasse com meu namorado e ficasse com ele”, afirmou ao repórter.
Após o episódio, a jovem o procurou pelo aplicativo WhatsApp e teriam trocado mensagens que comprovariam o ocorrido (veja abaixo). O colunista destaca que ela foi obrigada pelo próprio parlamentar a apagar toda a conversa, mas, pelo iCloud, conseguiu recuperar os dados. Mazzini ressalta ainda que o número do telefone que aparece nas mensagens foi confirmado por funcionários do PSC como sendo o pessoal de Feliciano.
A primeira mensagem que teria sido encaminhada pelo deputado foi por meio de SMS, pois ela, ao que parece, havia bloqueado o número.
Depois disso, os supostos diálogos entre Feliciano e a vítima se deram pelo WhatsApp.
Ameaças
Em uma segunda parte, o jornalista relata que, desde que a jovem decidiu denunciar o caso, houve idas e vindas por parte da suposta vítima.
Mazzini relata que estranhos acontecimentos cercaram a vida da garota — todos devidamente relatados por ela por meio de mensagem ao colunista de UOL. “Um homem do Rio ligou para ela, ciente da história, se apresentando como agente da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e perguntando quem a estava ajudando. Foi desmascarado quando a coluna consultou a associação de servidores da Agência. Seu número de celular e seu nome – que por ora será preservado – estão nas mãos das autoridades”, exemplifica.
Ela garantiu que não recuaria, mas após ter supostamente sofrido diversas ameaças, que envolvem outros políticos grandes e assessores, acabou divulgando um vídeo desmentindo tudo — inclusive, o próprio professor Hugo Studart, que havia publicado o caso em seu Facebook (veja abaixo). A militância cristã nas redes sociais tem compartilhado exaustivamente o “depoimento”.
Ela está fora de Brasília, longe dos pais e sofre pressão para não registrar boletim de ocorrência na Polícia. Os aliados de Feliciano dizem que se trata de uma mitômana. Cabe à polícia, se provocada, ver quem tem a razão.