BRASIL – O presidente Lula cumpriu a promessa e acabou com o plano de escolas cívico militares do ex-presidente Jair Bolsonaro, comunicando oficialmente a decisão aos Ministérios da Educação e Defesa.
No documento, a Presidência fala em “desmobilização do pessoal das Forças Armadas lotado nas unidades educacionais vinculadas ao programa”. E pede que tudo seja feito “dentro da normalidade”.
Neste momento, 203 escolas funcionam nesse modelo de gestão compartilhada entre civis e militares. São 192 mil alunos em 23 estados e no Distrito Federal. Cada unidade recebe R$ 1 milhão do governo federal para colocar o modelo em execução.
“Aos Coordenadores Regionais do Programa e Pontos Focais das Secretarias compete zelar pela implementação de estratégias mais adequadas ao cumprimento das diretrizes emanadas da Administração Superior, bem como assegurar uma transição cuidadosa das atividades que não comprometa o cotidiano das escolas”, informa o ofício.
Pelo modelo, dentro da sala de aula, as escolas têm autonomia no projeto pedagógico. As aulas são dadas pelos professores da rede pública, que são servidores civis. Já fora da sala de aula, militares da reserva atuam como monitores, disciplinando o comportamento dos alunos. Eles não têm permissão para interferir no que é trabalhado em aula ou ministrar materiais próprios.