Manaus – A polícia identificou três suspeitos de envolvimento na morte do soldado da Polícia Militar (PM-AM), Paulo Sérgio Portilho, que foi encontrado morto na invasão Buritizal Verde, na zona norte de Manaus, após quatro dias desaparecido. Os suspeitos estão foragidos.
A polícia identificou Marcos Neves Serra, 19, e outros dois suspeitos identificados pelas alcunhas “Tá bandido” e “Índio”. De acordo com o titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Juan Valério, os suspeitos foram identificados após depoimento de uma testemunha ocular da morte do soldado, que passou seis nomes para a polícia.
“Como já tínhamos um levantamento feito pela polícia de fotos, ele [a testemunha] reconheceu os suspeitos, que estão foragidos”, disse Valério, que acrescentou que a testemunha está sob proteção.
Sobre os outros suspeitos, a polícia tem apenas as alcunhas e por isso ainda não divulgou imagens.
Morte
Após as investigações e levantamentos com a testemunha, Valério explicou que Portilho foi morto quando foi à invasão para obter informações sobre compra de terrenos. “Ele estava com uma blusa que tinha o brasão da Polícia Militar. Assim que os infratores viram isso imediatamente o renderam e sua moto e o levaram para uma ribanceira, onde ele foi executado”, disse. “Foi em função da profissão mesmo”, ressaltou.
De acordo com o delegado, foi identificado, preliminarmente, quePortilho foi morto com treze golpes de faca e enterrado no local. Uma faca que pode ter sido usada no crime foi apreendida. O corpo de Portilho foi encontrado por uma cadela do canil da PM. Ao lado do corpo, a polícia ainda encontrou um gato morto, que teria sido posto no local para disfarçar o cheiro.
O revólver calibre 38 do soldado também foi encontrado enterrado em uma casa onde estava Marcos Neves Serra, disse Valério. Na residência estava Joana Priscila dos Santos Cavalcante, que foi presa por porte ilegal de arma e levada à DEHS. Na casa, policiais ainda encontraram uma porção de drogas. “Isso evidenciou que ela traficava no local. Ela não participou do crime, mas deu guarida para o criminoso”, disse.
Após o crime, os suspeitos não voltaram mais ao local, de acordo com o delegado, e são considerados foragidos. Qualquer informações sobre o paradeiro deles pode ser repassada para o disque-denúncia da Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), no 181.
O caso
O soldado Paulo Sérgio Portilho despareceu no dia 26 de maio, após sair de casa para o trabalho de segurança em uma pizzaria. Após denúncia de uma testemunha, a polícia foi à invasão e achou o o corpo do policial enterrado. Lopo após o corpo ser encontrado, um incêndio atingiu os barracos da invasão. Os moradores denunciam que policiais iniciaram as chamas, já a PM apontou que traficantes que moram na invasão incendiaram os barracos por represália após a denúncia de que o corpo de Portilho estava no local. O incêndio será investigado. Com informações D24am.