SÃO PAULO | Adriana Araújo da Silva, funcionária de uma padaria localizada em Palmares Paulistas (SP), teve o braço quebrado por um cliente, após pedir que ele usasse a máscara de proteção contra a Covid-19 dentro do estabelecimento. O caso aconteceu na última sexta-feira, dia 11 de junho.
De acordo com Adriana, o cliente, identificado como Márcio Roberto Rodrigues, de 45 anos, entrou no estabelecimento com a máscara no queixo e ficou alterado quando recebeu a advertência de usá-la corretamente.
O homem invadiu o balcão para alcançar a funcionária, que tentou escapar, mas foi alcançada e levou uma rasteira e um chute em um dos braços.
Ainda segundo o relato de Adriana, ela conseguiu se levantar e correr até outra padaria, onde Márcio a agrediu com uma joelhada no rosto, além de bater no dono do estabelecimento.
“Eu vi a morte. Lembrava da minha mãe, dos meus filhos, não acreditava que iria sobreviver. Tinha muita gente olhando, mas ninguém fazia nada. Olhei o sangue e pensei que morreria”, desabafou a atendente.
Moradores que presenciaram a confusão ficaram revoltados, agrediram o cliente e acionaram a Polícia Militar.
A vítima foi socorrida e encaminhada para um hospital de Catanduva, onde precisou ser submetida a uma cirurgia, por conta de uma fratura em um dos braços. Ela recebeu alta no domingo (13).
De acordo com o boletim de ocorrência, o agressor foi levado para o pronto-socorro e, posteriormente, à delegacia. Equipes médicas precisaram usar medicação para acalmá-lo. O homem foi liberado na presença do advogado, mas não prestou depoimento ao delegado de plantão.
“Quero Justiça. Quero que seja preso e pague por tudo, inclusive pela minha cirurgia. Ganho um salário mínimo. Estava trabalhando. Ele entrou no meu serviço e fez isso. Não sei por quanto tempo vou ficar nessa situação. Enquanto eu estava no hospital, com dor e sofrendo, o homem estava na casa dele. Não é justo”, complementou.