Manaus – Cerca de cem funcionários do Tropical Hotel Manaus estão realizando um protesto nesta segunda-feira (10) em frente à entrada do hotel, localizado no bairro Ponta Negra, na Zona Oeste da cidade. Segundo os manifestantes, a instituição está atrasando salários, cortando alguns benefícios e não cumprindo alguns direitos trabalhistas, como a efetuação dos depósitos no Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
De acordo com um garçom, que preferiu não se identificar por medo de represálias, os salários estão sendo atrasados com frequência e houve o corte da cesta básica.
“Eles fazem isso sem nos comunicar. Há colaboradores que entram de férias e só recebem o salário das férias quando já estão trabalhando. Esse problema vem se arrastando há meses”, acrescentou.
Segundo uma camareira, que também não quis se identificar, há anos não estão sendo realizados os depósitos no INSS e no FGTS. “Estou com medo, não sei se me pagarão caso eu seja demitida. Aqui já foi muito bom, mas agora não nos respeitam”, disse.
O integrante da diretoria do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado do Amazonas (Sindhoteis-AM), Ivan Azevedo Pereira, informou que já procurou a diretoria do Tropical Hotel, mas não obteve nenhum posicionamento da instituição.
“Atrasam os salários, cortam cestas básicas, muitos funcionários foram demitidos e não depositam o INSS e o FGTS. Eles não explicam nada, só cortam [os benefícios]. Estamos entrando na Justiça e no Ministério Público do Estado Amazonas para que a empresa se manifeste. Como somos do sindicato, os trabalhadores nos procuram e temos que dar uma resposta a eles”, contou.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do Tropical Hotel Manaus, que informou que 70% dos funcionários da instituição tiveram seus proventos depositados na última sexta-feira (7) e que os demais, que ocupam cargos de chefia e com salários mais altos, devem receber até esta terça-feira (11).
Ainda segundo o hotel, devido à crise financeira houve um menor fluxo de hospedagens neste período do ano, o que ocasionou uma queda no caixa. Sobre o corte da cesta básica, a assessoria disse desconhecer o caso e relatou que todos os funcionários se alimentam no próprio hotel.
A assessoria também relatou desconhecer o não depósito do INSS e do FGTS, mas garantiu que todos os direitos trabalhistas dos colaboradores estão assegurados em casos de demissão.
Com informações Portal Acrítica.