ESPÍRITO SANTO | Um bebê de sete meses morreu após passar mal por ter engolido uma lagarta em Guarapari, na Grande Vitória, segundo informações da mãe. A dona de casa Natalia Gotardo, de 23 anos, contou que no dia 11 de agosto o filho Enrico Gotardo Ferreira vomitou pela primeira vez e ela encontrou a lagarta.
“Quando fui limpar o vômito, eu vi um bichinho preto, que achei até que fosse um pedaço de carne. Na hora que peguei mais de perto, vi que era uma lagarta”.
A Polícia Civil investiga a morte como suspeita e aguarda resultados dos exames feitos no bebê. De acordo com a Secretaria de Saúde do Espírito Santo (Sesa), o animal não era peçonhento.
Segundo Natalia, ao chegar no Hospital Materno Infantil Francisco de Assis (Hifa) e passar pela triagem ainda no dia 11 de agosto, a primeira médica que estava de plantão não quis pegar o caso por sentir nojo.
“A enfermeira da triagem passou o caso para uma médica, dizendo ‘doutora, tem um caso em que o menino vomitou uma lagarta e está passando mal’ e ela respondeu ‘ai que nojo, não quero esse caso, não”.
Ainda segundo a mãe, uma segunda médica do plantão examinou e liberou Enrico dizendo que ele não tinha nada.
Natalia contou que o filho continuou vomitando e teve febre alta e ela voltou na noite do mesmo dia ao hospital. Segundo ela, o médico que a atendeu disse que já sabia do caso.
No domingo (14), a criança não apresentou melhora e a mãe levou o menino ao hospital pela quarta vez. Uma outra médica viu os exames do menino e disse que Enrico não tinha nada.
A mãe contou que Enrico continuava passando mal na segunda-feira (14), mas que ele acordou melhor no dia seguinte, terça-feira (15). A pequena melhora se manteve até a quinta-feira (18), quando o bebê voltou a vomitar. Sem saber o que fazer, os pais marcaram uma consulta com um pediatra alergista.
Natalia contou que a médica que atendeu o bebê no hospital perguntou o que tinha acontecido. A mãe disse que explicou o que tinha acontecido e a médica respondeu que Enrico deveria ter ficado internado desde o primeiro dia pela complexidade do seu quadro. A mãe contou que na noite daquele dia os médicos informaram que Enrico não resistiu e morreu.