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Garoto de 17 anos é detido em Manaus por terrorismo, falas nazistas e ameaça de massacre em escola

O adolescente foi detido e o material apreendido pela DEAAI. Foto: Reprodução

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MANAUS (AM) – Policiais da Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais (DEAAI) cumpriram um mandado de busca e apreensão domiciliar, na manhã desta quarta-feira (26), em nome de um adolescente de 17 anos por ato infracional análogo ao crime de terrorismo. No celular dele foi encontrado mensagens de cunho racista, xenofóbico, nazista e ainda ameaças de massacre na própria escola.

A ação policial ocorreu no bairro Colônia Terra Nova, Zona Norte de Manaus. Segundo a polícia, denúncias foram recebidas pela especializada informando que o garoto intimidava alunos e professores da escola Samuel Benchimol, no bairro Monte das Oliveiras, Zona Norte, onde ele estudava.

O adolescente já teria assinado o nome “Adolf Hitler” na frequência escolar e tinha um caderno de anotações que fazia alusão ao nazismo com a data de um possível massacre. Ele também já havia levado um soco inglês para a aula e alguns alunos deixaram de ir à escola porque os pais tinham medo de algum ataque.

O celular dele foi apreendido e de acordo com a delegada Juliana Tuma, titular da unidade especializada, o jovem ainda usava alguns chips diferentes para mandar mensagens para alunos e professores, inclusive de cunho xenofóbico. Em uma das mensagens obtidas pela polícia, ele diz que “aquele pedagogo nordestino baixo” iria morrer em dezembro.

À polícia, os pais do adolescente disseram que sabiam que o filho tinha um interesse pelo holocausto, nazismo e preceitos da raça ariana, mas alegaram não ter conhecimento das ameaças que ele vinha fazendo. No entanto, informaram que chegaram a queimar uma bandeira nazista que o menino tinha no quarto.

Em depoimento, o jovem disse que tinha participação e era coautor de grupos de mensagens que dividem os mesmos interesses no Amazonas e até mesmo fora do Brasil. No entanto, disse que fazia isso por “zoeira” e para ver o pânico entre os colegas e a comunidade escolar.

Após a conclusão do Auto de Investigação de Ato Infracional (AIAI), o processo será encaminhado para o Juizado da Infância e Juventude Infracional, e o adolescente aguardará a decisão de qual medida socioeducativa irá cumprir.

 

Vanessa Bayma:

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