Brasília – DF| O governador do Estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), foi citado em uma delação premiada homologada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O lobista Daniel Gomes afirmou ter pago R$ 115 mil de caixa dois em 2018 para a campanha eleitoral do atual governador do Rio Wilson Witzel (PSC) por meio de um suposto representante de sua campanha. Witzel nega as acusações e afirma que sua campanha não teve caixa dois.
Segundo o relato de Daniel Gomes, o acerto para o caixa dois de Witzel foi feito com Robson dos Santos França. O delator não afirma ter negociado diretamente com Witzel os repasses.
“Robson me disse que estava trabalhando na campanha de Wilson Witzel, pois o então deputado Arolde de Oliveira, da bancada evangélica, o estava apoiando e havia também de forma surpreendente sido eleito Senador da República”, afirmou. Robson, então, teria solicitado contribuição financeira para a campanha de Witzel, afirma o delator.
Como prova, o delator entregou imagens de trocas de mensagens com Robson nas quais havia suposto acerto dos pagamentos. “Eu resolvi atender o pedido e durante a campanha do segundo turno paguei a Robson o valor total de R$ 115 mil reais em espécie (doação não oficial), divididas em 3 parcelas, todas pagas pela minha secretária Michelle Louzada, destinados à campanha de Witzel”, diz trecho da delação.
“Robson e eu mantínhamos uma boa e confiável relação desde o nosso primeiro contato, motivo pelo qual eu sempre o ajudei nas campanhas, apostando nas vitórias dos candidatos que ele apoiava e visando facilidades na obtenção de eventuais contratos com o poder público no futuro”, narra o delator.
Em outubro de 2018, no segundo turno, o delator afirmou que foi procurado por Robson, que pediu recursos à campanha de Witzel. “Ouvi Robinho pedir a Daniel uma ajudar maior para a campanha de Wilson Witzel (ou seja, mais dinheiro), que ele seria muito grato, pois estava na reta final da campanha e precisando muito de recursos”, narra.