Manaus – Em matéria publicada pela revista ÉPOCA, a Arena da Amazônia deu R$ 6,5 milhões de prejuízo ao governo do Amazonas em 2015. Com apenas dez partidas disputadas na temporada, o estádio, construído para a Copa do Mundo de 2014, teve apenas R$ 511 mil em receita no ano. Não foi suficiente para pagar um mês sequer de despesas, cuja média foi de R$ 585 mil mensais.
O estádio amazonense teve cinco meses nos quais não arrecadou um centavo sequer. O mês mais rentável foi janeiro, quando Flamengo, Vasco e São Paulo disputaram torneio amistoso. Os R$ 325 mil obtidos naquele mês, de qualquer modo, não cobriram o custo mensal.
Os dados foram enviados a ÉPOCA pela Secretaria de Estado de Juventude, Esporte e Lazer (Sejel), órgão do governo do Amazonas que assumiu a gestão da Arena no início de 2016. Antes a função era da Fundação Vila Olímpica (FVO), extinta, também ligada ao governo.
A perspectiva para 2016 é de mais um ano no vermelho. A Arena acumulou mais R$ 1,1 milhão em prejuízo nos quatro primeiros meses do ano. O governo do Amazonas só conseguiu respirar em abril, quando Fluminense, Vasco e Flamengo fizeram duas partidas do Campeonato Carioca no estádio e geraram R$ 563 mil – foi a primeira vez que a receita foi maior do que a despesa mensal.
A Arena da Amazônia tem um prejuízo menor do que outros estádios que sediaram a Copa do Mundo justamente porque fica lacrada a maior parte do ano para gastar menos. A Fonte Nova, na Bahia, fechou 2015 com R$ 24,3 milhões em prejuízo operacional.
O estádio amazonense é, desde o início de 2016, administrado por Fabrício Lima, nomeado pelo governador José Melo (Pros) chefe da Sejel. Lima quer aproveitar o fechamento do Maracanã para os Jogos Olímpicos para levar clubes cariocas para jogar na Arena. O governo retém 10% da renda bruta de cada uma dessas partidas e se livra do pagamento do quadro móvel – funcionários que organizam o jogo.
Outro plano de Lima é alugar áreas internas para aniversários, casamentos e eventos. As diárias ficam entre R$ 5 mil e R$ 14 mil.
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