A Organização das Nações Unidas (ONU) está denunciando governos e líderes por ataques a imprensa em tempos de pandemia da covid-19. Presidentes como Donald Trump e governos como o do México, China, Egito, Arábia Saudita, Tanzânia, Turquia, Guatemala, Bangladesh, Filipinas, Jordânia e outros foram citados como exemplos de ataques e repressão contra os meios de comunicação.
Nesta sexta-feira (24), a Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, afirmou estar alarmada com as “medidas restritivas impostas por vários Estados contra os meios de comunicação social independentes, bem como com a detenção e intimidação de jornalistas”. De acordo com a ONU, a livre circulação de informação é vital na luta contra a COVID-19.
Entre as denúncias, estão a de desaparecimentos, fechamentos de escritórios, prisões e ameaças contra os jornalistas.
No Brasil, o governo tem atacado a impresa que questiona a gestão da crise por parte do Palácio do Planalto. A ONU acredita que é válido todo o questionamento mediante a doença e que líderes dos governos precisam aceitar debates em torno da pandemia. “Segundo o Instituto Internacional da Imprensa, registraram-se mais de 130 alegadas violações dos meios de comunicação social desde o início do surto, incluindo mais de 50 casos de restrições no acesso à informação, censura e regulamentação excessiva da desinformação”, alertou a ONU.
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