Manaus-AM| Com a repercussão do caso da menina de 10 anos, que engravidou do tio, vítima de um estupro, relembramos um caso antigo que aconteceu aqui no Amazonas, ainda no início de dezembro do ano passado. A jovem Luana Ketelen da Silva Faba, de 13 anos, morreu quatro dias depois de realizar um parto prematuro, fruto de um abuso sexual do próprio pai.
Na época, a polícia informou que os abusos aconteciam quando a adolescente era convidada para pescar com o pai, na comunidade Santa Maria do Iguapó Grande, na Zona Rural de Coari.
Luana foi a óbito no dia 11 de dezembro, por complicações na gravidez de 25 semanas (6 meses). O suspeito ficou foragido por 9 dias, após se render a polícia e ser indiciado por estupro de vulnerável.
Mas ficamos com o seguinte questionamento: E se Luana tivesse passado pelo mesmo procedimento de interrupção do parto, ainda no inicio da gravidez, como a menina de 10 anos estuprada pelo tio ? Provavelmente ela estaria viva.
Assim como a criança, Luana foi estuprada por alguém da própria família e morreu em resultado disto.
Se Luana tivesse o mesmo amparo e fosse assistida a tempo, o futuro da adolescente de apenas 13 anos seria bem diferente do que é hoje.
Existem várias Luanas que são diariamente abusadas pelos pais, tios, avós ou primos. Todas passam pelo mesmo trauma e são julgadas pelo crimes de alguém que deveria amá-la e protegê-la.
É interessante destacar, que em ambos os casos, as vítimas não queriam viver a gestação e que os suspeitos só ganharam foco dias depois do ocorrido.
No caso da menina de 10 anos, muitos apontaram o aborto como algo criminal, porém, pouco se fala sobre o paradeiro do acusado, que até o momento, se encontra foragido desde o dia 12 de agosto.