São Paulo – Conhecido por extravagâncias e excessos, Lapo Elkann, neto do lendário fundador da Fiat, Gianni Agnelli, foi preso em Nova York, acusado de ter fingido seu sequestro, informou uma fonte policial à AFP nesta terça-feira (29).
Vários veículos da imprensa americana relataram que Elkann, 39 anos, tentou fazer sua família acreditar que era vítima de um sequestro para conseguir dinheiro. Ele ficou sem recursos, após dois dias de excessos e festas junto com uma prostituta transgênero, com que teria consumido álcool, maconha e cocaína.
Depois de consumir seus recursos, forjou o próprio sequestro e pediu cerca de US$ 10 mil de resgate à família, segundo a imprensa americana. A família Agnelli alertou a Polícia, que prendeu Elkann depois de descobrir que seu sequestro era falso.
O herdeiro foi depois liberado, mas terá de comparecer em janeiro diante de um tribunal de Nova York. A polícia não confirmou se ele estava acompanhado de uma prostituta, ou se consumiu drogas.
Presença assídua na imprensa sensacionalista
Irmão de John Elkann, presidente da Fiat Chrysler Automobiles (FCA) desde 2008, Lapo ocupa com frequência as páginas dos jornais e das revistas de personalidades. Em 2005, ele foi encontrado inconsciente por uma overdose no apartamento de um travesti em Turim.
Na última quarta-feira (23), ele postou uma foto no Instagram vestindo roupas coloridas, anunciando que faria uma viagem profissional “ao redor do mundo pelos próximos dias”.
Por intermédio do consórcio Exor, a família Agnelli possui 29,1% do capital da FCA e controla 44,2% dos direitos de voto. Depois de ter ocupado brevemente um cargo no Departamento de Marketing da Fiat, Lapo Elkann participou de vários projetos. Ajudou a criar, por exemplo, a marca de óculos de sol Italia Independent. Em 2013, ele assinou uma coleção de roupas para a griffe Gucci.