Joinville – Leonardo Natan Chaves Martins, apontado como o autor do disparo que matou a jovem Gabriella Custódio da Silva, vai responder pelo crime em liberdade. De acordo com o delegado Elieser José Bertinotti não havia intimação contra o suspeito e ele se apresentou espontaneamente após o período de flagrante.
O advogado explicou à reportagem da RICTV Record que Leonardo alegou que o disparo fatal ocorreu de forma acidental. “No caso, ele relatou, em resumo, que foi até a casa dos pais com a vítima e, entre alguns afazeres, ele queria aproveitar a oportunidade para observar uma arma de fogo que o pai dele tinha adquirido no dia anterior”, explicou.
Ainda segundo o depoimento de Leonardo, Gabriella também queria ver a arma e na hora em que ambos a pegaram houve o disparo. “Na oportunidade que eles tiraram a arma, o carregador ficou numa mão e a arma na outra. Ele alega que na hora que ele foi mostrar essa arma de fogo para a vítima ocorreu um disparo sem acionamento. A arma disparou “sozinha” na versão dele.
Os próximos passos são ouvir as demais pessoas envolvidas, como os familiares de ambos. Além disso, o delegado espera pelo laudo cadavérico para saber mais detalhes sobre o local exato da perfuração. Isso será relevante para confrontar versões apresentadas.
O advogado de Leonardo, Pedro Wellington Alves da Silva, explicou que seu cliente admite ter deixado a vítima no hospital Bethesda no porta-malas do seu veículo. “[Ele] Assume ter errado nesse sentido. Esclareceu que colocou a Gabriella no porta-malas no desespero porque o porta-malas estava virado para o lado da casa”, disse.
Ainda de acordo com o defensor, Leonardo está muito abalado, mas em breve falará com a imprensa. “Ele se arrepende de ter tido essa curiosidade [de conhecer a arma]. Ele está muito abalado, tanto é que não teve condições de falar na data de hoje, mas eu sugeri que ele desse uma entrevista posteriormente, quando estivesse mais tranquilo. Também é preciso apresentar a arma do crime para perícia.”, concluiu.